Após perícia, o corpo do policial foi coberto (Foto: Arquivo/Portal Infonet)

A Polícia continua investigando a morte do policial civil Luiz dos Santos, de 50 anos, que foi assassinado no dia 23 enquanto trabalhava como vigilante em um posto de combustível localizado na BR-101, no município de São Cristóvão.

De acordo com o delegado Flávio Sandro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já foram ouvidas cerca de sete pessoas entre familiares e funcionários. “Estamos nesse momento coletando depoimento de testemunhas. As investigações continuam. As equipes estão trabalhando e investigando informações que chegam até o disque denúncia, o fato é que ainda não há o que possa ser contado sobre a investigação ainda”, destaca.

O caso chamou a atenção porque o policial estava realizando um ‘bico’, o que é ilegal. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Antônio Morais, o policial fazia parte de um grupo de cerca de 45 policiais civis que não eram servidores antes de 1988, época que não existia concurso para a instituição.

Enquadramento

A informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) é que 300 policiais já foram reenquadrados e ainda faltam cerca. “Os números reais somente vamos ter na quinta-feira, 30, pois o pessoal do Departamento Administrativo Financeiro está fazendo um levantamento de cada policial para podermos apresentar”, explicou a assessoria da SSP.

Antônio Morais destacou que esses poucos policiais que faltam ser reenquadrados estão esperando a mudança há anos. “Infelizmente o sindicato esta tentando enquadrar esses policiais há anos, mas ainda não tivemos êxito junto ao governo. Esses 45 trabalham como policiais, mas recebem como servidores menos de mil reais, por isso provavelmente Luiz teve que realizar serviço de bico para complementar a renda da família”, lamenta o sindicalista que com a morte do colega lembra que a família poderá ficar desamparada.

Por Bruno Antunes