Os trabalhadores da Dok Calçados, localizada no município de Frei Paulo, fizeram uma vigília em frente à fábrica nos últimos dias. O ato foi iniciado na última terça-feira, 6, e encerrado nesta sexta-feira, 9. Vídeos da ação dos trabalhadores vêm sendo divulgados nas redes sociais.

Conforme os relatos, os trabalhadores da fábrica iniciaram os protestos após atrasos da empresa no pagamento dos salários. Além disso, os trabalhadores relataram que estavam tentando impedir a passagem de caminhões com máquinas da fábrica que supostamente seriam vendidas, o que deveria ocorrer somente com acompanhamento da Justiça.

Segundo relatos, a ação de venda seria ilegal, já que a empresa está em recuperação judicial desde fevereiro de 2023. A Justiça determinou, em novembro do ano passado, que a Dok Calçados reintegrasse mais de 500 trabalhadores após os funcionários denunciarem a falta de pagamentos ao Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE).

O que diz o Grupo Dok?

Diante da situação, a empresa emitiu uma nota explicativa. Confira a nota na íntegra:

“O Grupo Dok respeita a liberdade de expressão e ressalta que sua gestão tem feito grandes esforços para conciliar o interesse comum de geração de renda e sustentabilidade do negócio. Além disso, reforça que todas as medidas que vem sendo adotadas têm sido conduzidas de forma legítima, conforme estabelecido pela legislação.

A empresa garante que está aberta ao diálogo para aclarar qualquer inferência a respeito do transporte de parte de suas máquinas e esclarece que, como medida para acelerar pagamentos, optou por locar os ativos que se faziam ociosos na unidade de Frei Paulo (SE). Entretanto, houve desistência do locatário devido às manifestações ocorridas na noite passada, 9 de fevereiro,  e as máquinas estão sendo transportadas para manutenção na unidade de Birigui (SP), para possível uso ou alienação à outra fábrica local.

O Grupo Dok enfatiza que está à disposição para quaisquer esclarecimentos dos colaboradores, sindicato ou qualquer outra parte interessada.”

Por Carol Mundim e Verlane Estácio