Polícias de Sergipe e São Paulo localizaram em Santos (SP) mais três integrantes de uma suposta associação criminosa acusada de envolvimento com a morte do capitão Oliveira, da Polícia Militar de Sergipe, membro da Companhia de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac). Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), eles foram localizados em Santos e morreram em confronto com as equipes policiais na quinta-feira, 29.

Os suspeitos eram integrantes de um grupo criminoso que já praticou diversos homicídios em estados do Nordeste e todos já haviam sido presos. Conforme a SSP, os três suspeitos mortos em São Paulo foram: Cleciano Veira Santos, 36, José Tadeu Ribeiro dos Anjos, 26, e Albano da Silva, 34.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a ação tinha como objetivo cumprir o mandado de prisão contra Cleciano. “Ele integrava a quadrilha que assassinou o capitão Oliveira. Ele estava em São Paulo sendo ajudado por outro suspeito, o Albano, que também era integrante dessa associação criminosa, que estava dando toda a estrutura para Cleciano. Esse também já estava com outro membro, o Tadeu, o qual também possuía mandado de prisão em aberto. Todos três são de Pedro Alexandre/BA”, detalhou a SSP de Sergipe. Apesar de estar preso à época, Cleciano teria participado do plano de morte do capitão, de acordo com a SSP de Sergipe.

A ação policial foi deflagrada por unidades das polícias Civil e Militar. Participaram da operação o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), o 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM), a Divisão de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e a Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (CIOPAC), em conjunto com o 2º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2º BAEP) e Delegacia de Investigações Gerais (DIG – Santos), unidades das polícias paulistas.

Contexto da morte do capitão

Conforme a SSP, a morte de um dos integrantes do suposto grupo criminoso ocorrida em operação deflagrada em 2017 foi determinante para que a associação criminosa ordenasse que o capitão do Ciopac de Sergipe fosse morto. O assassinato começou a ser investigado logo após o crime e um expressivo número de pessoas acusadas nesse crime já foi identificado. Alguns suspeitos morreram em confronto com a polícia.

De acordo com a SSP, Cleciano Veira Santos, 36, foi preso em uma operação em 22 de setembro de 2017. Essa ação policial teria resultado na morte de um membro do grupo, identificado como Úilson Gonçalves de Souza, e teria sido determinante para a que a associação ordenasse que o capitão fosse morto, conforme a SSP de Sergipe.

Em São Paulo

A ação policial no Estado de São Paulo foi deflagrada por unidades das polícias Civil e Militar. Participaram da operação o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), o 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM) e a Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (CIOPAC), em conjunto com o 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2º BAEP) e Delegacia de Investigações Gerais (DIG – Santos), unidades das polícias paulistas.

A polícia citou que, cerca de um ano antes da morte do Capitão Oliveira, uma operação que resultou na prisão de Cleciano foi deflagrada. Nessa operação, conforme a SSP, na execução do plano para matar o capitão Oliveira, ele ainda estava preso. “Porém, ele era um integrante da quadrilha e participou do planejamento do assassinato do capitão Oliveira”, destaca a SSP de Sergipe.

Os suspeitos, de acordo com a SSP de Sergipe, eram integrantes de um grupo criminoso que já praticou diversos homicídios em Estados da região Nordeste. “Eram todos membros de uma associação criminosa perigosa que já assassinou diversas pessoas em Sergipe, na Bahia e também em Pernambuco. O primordial da operação, ao efetuar as prisões, era evitar novos assassinatos. Eles estavam se organizando para voltar ao Nordeste e cometer mais homicídios”, frisou a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe após a operação.

Operação em 2017

Durante a abordagem dos policiais aos suspeitos, na operação deflagrada em 2017, Úilson Gonçalves de Souza teria reagido, armado com um fuzil R15 e uma escopeta calibre 12. De acordo com a SSP, ele teria disparado tiros contra os policiais e, diante da reação policial, foi alvejado e veio a óbito. Na ação, foram apreendidas ainda três pistolas: uma .40 e duas .380, além de armas longas e grande quantidade de munição. Na operação, além de Cleciano, também foram presos Adomarcos Silva Souza, o “Donga”, e Adagilson Nunes de Jesus.

De acordo com a SSP de Sergipe, o grupo também é responsável pela morte do secretário de Agricultura de Pedro Alexandre, ocorrido na divisa entre os Estados da Bahia e Sergipe no mês de junho deste ano. Fredson da Silva Santos foi morto a tiros em um bar da zona rural da cidade. Conforme a polícia, Fredson estava acompanhado de amigos quando um homem atirou contra ele.

Investigados em mortes

Os suspeitos presos em 2017, agiam conjuntamente com os três que foram localizados na quinta-feira, 29, em São Paulo, segundo a SSP de Sergipe. De acordo com a polícia, todos eles são integrantes do grupo criminoso que vitimou o capitão Oliveira. Na época, parte dos integrantes possuía mandados de prisão em aberto. Eles são apontados como responsáveis pelas mortes do ex-vereador Claudeir dos Santos, conhecido como “Pinho de Santa Rosa”, morto em março de 2017 no município de Poço Redondo; do ex-prefeito do município de Pedro Alexandre, Petrônio Pereira Gomes, e também pela tentativa do homicídio contra o vice-prefeito daquela cidade, que teve o carro alvejado por mais de 60 tiros. Nesse último atentado, a vítima sobreviveu e reconheceu os autores, conforme a SSP de Sergipe.

A SSP informa que o mesmo grupo também possui envolvimento na morte do presidente da Câmara de Vereadores do município de Carira, Jailton Martins de Carvalho, conhecido como “Jailton do Preá”.

Com informações da SSP/Sergipe