A quadrilha Chapéu de Couro foi idealizada, há 19 anos, por um grupo de amigos que resolveu aproveitar os festejos juninos e começou a participar do São João de uma forma diferente, ou seja, participar de concursos. Com o tempo, eles foram cada vez mais se destacando diante das demais quadrilhas que surgiam. 

“Pode parecer antagônico, mas a Chapéu de Couro é uma das mais tradicionais quadrilhas e, ao mesmo tempo, inovadora”, assim a Chapéu de Couro é descrita ao Portal InfoNet pelo seu diretor João Cardoso, ou simplesmente, Cardoso, como é conhecido. Isto acontece porque ela traz, em suas raízes, as tradições dos festejos juninos do Nordeste e do sertanejo, ao mesmo tempo em que investe em novidades, como a de abraçar um tema, todos os anos, para caracterizar a equipe. Este ano, as vestimentas de cada um dos componentes estão baseadas no cangaço e no sertanejo. “A quadrilha Chapéu de Couro foi a primeira equipe a ter um tema para suas vestimentas e músicas, isso foi tão positivo, que diversas outras quadrilhas seguiram nossos passos e adotaram também seus temas”, afirmou Cardoso ao Portal InfoNet.

Apesar de ser uma quadrilha que já ganhou títulos, entre eles, a de campeã estadual, por diversas vezes, e de campeã brasileira, duas vezes, a Chapéu de Couro não deixa de sofrer com a falta de apoio e de patrocínio, e, a exemplo de outras quadrilhas, está sentindo dificuldades em manter seu quadro este ano. “Existe uma falta de apoio muito grande por parte dos governantes e da iniciativa privada. Na maioria das vezes, os componentes bancam suas roupas que chegam a custar R$ 500. Mesmo sem ter condições, sempre conseguimos resolver a situação, de uma forma ou de outra”, conta Cardoso.

Ele disse ainda ao Portal InfoNet que, para manter a Chapéu de Couro como umas das equipes mais conhecidas no Estado e no Nordeste, o grupo sempre realiza eventos para conseguir fundos. “Somos 48 pessoas que todos os anos se reúnem para abrilhantar ainda mais os festejos juninos e por isso merecemos atenção por parte de toda a população sergipana, inclusive de nossos políticos”, encerrou Cardoso.

Por Valéria Bezerra