Serão criados, em todo o Brasil, os chamados “Pontos de Cultura”, mil ao todo. No total, 20 alunos de escolas públicas e 10 da UFS, todos entre 15 e 24 anos, participam do projeto e recebem inclusive vales-transporte para freqüentar as aulas. Para a aluna Daniela Lisboa, “a credibilidade dos organizadores e a seriedade com que o projeto está começando me dão a certeza de que o curso vai contribuir muito para minha formação. A palestra de Dora foi muito boa, ela se mostrou muito competente e detentora de um conhecimento profundo sobre cinema”, avaliou a estudante.

Segundo a professora Dora Mourão, “nós precisamos formar profissionais para o mercado brasileiro e estar hoje numa região em que nunca houve um curso de cinema de fato é muito prazeroso. Esta é uma semente que vai germinar”, afirmou. Já para a diretora-executiva da Casa Curta-SE, Rosângela Rocha, o curso é uma excelente maneira de colocar Sergipe na vitrine do audiovisual brasileiro. “A formação desses alunos pode abrir portas para inseri-los também na produção de materiais que levem o nome de Sergipe, nossas idéias, nossa estética e nossa singularidade ao Brasil e ao mundo”, disse entusiasmada.

Dora falou, na aula inaugural, sobre a rapidez tecnológica com que os recursos audiovisuais avançam no mundo inteiro e foi taxativa ao dizer que o país que não acompanhar este desenvolvimento fatalmente ficará para trás. Ela criticou ainda o alto preço dos ingressos dos cinemas, a baixa quantidade de produções nacionais que ocupam as salas do país e o número reduzido de cursos regulares de formação audiovisual no Brasil.

Depois do lançamento oficial do I Curso de Iniciação ao Audiovisual de Sergipe, quatro curtas-metragens espanhóis foram exibidos através de uma parceria com a produtora espanhola L´aiffa  e o Ceav/UFS.