Impossibilitados de se apresentarem em shows e eventos, os músicos sergipanos vivem um cenário de incertezas com a pandemia do coronavírus. O cancelamento dos festejos juninos, anunciado recentemente, é mais um agravante na situação dos profissionais – que têm as festas de junho como importante fonte de renda no ano. Enquanto a crise provocada pelo vírus não passa, os músicos vão buscando arrecadar alimentos para ajudar aqueles profissionais do ramo em situação de maior vulnerabilidade.

Nos supermercados Gbarbosa e Assaí, ambos na avenida Oswaldo Aranha, na zona Norte de Aracaju, duas tendas foram montadas na área do estacionamento para que pessoas possam deixar doações para os músicos. A campanha foi intitulada de SOS Músicos de Sergipe e vem sendo articulada pelo sindicato da categoria, o Sindmuse. Das 9h às 17h, todos os dias, as doações são retribuídas com música ao vivo. “Cada músico sergipano envolvido na campanha tem tocado um pouquinho nas tendas. É uma forma de retribuir essa ação das pessoas que nos ajudam”, afirma Tonico Tavares, presidente do sindicato.

De acordo com Tonico, desde o início da campanha, pelo menos 80 cestas básicas foram montadas. E mais ajuda está por vir. Tonico conta que, na última sexta-feira, 17, empresários sergipanos conseguiram articular, junto com o cantor Wesley Safadão, a doação de meia tonelada de alimentos para os profissionais do ramo da música em Sergipe. “É uma ajuda que vem para todos aqueles que atuam nas bandas. Do técnico de som aos cantores. Nós ficamos muito felizes e torcemos por mais ajudas como essas”, comemora.

Tonico disse ainda que o sindicato encaminhou ao Governo de Sergipe e a Prefeitura de Aracaju pedindo apoio para os músicos sergipanos, e que ainda aguarda resposta das duas partes. Enquanto isso, vai contando com o auxílio das pessoas com doações. O sindicato em breve deve anunciar o número de uma conta para doações em dinheiro. Quem nesse momento tiver interesse em doar alimentos, pode entrar em contato com o sindicato através do telefone (079) 99962-4768.

Por Ícaro Novaes