Os comerciantes e consumidores de Aracaju, vêm sofrendo com o aumento do feijão, que teve o preço elevado no último mês. A saca do alimento que era vendido a cerca de R$ 160, está sendo comercializada no valor de R$ 450, com a revenda para a população entre R$ 6 a R$ 8.

Os principais vilões são o clima desfavorável – muitas chuvas nas regiões produtoras – e a queda da oferta do feijão. E além dos vendedores, as grandes vítimas são os consumidores, que estão assustados com os preços nas feiras livres.

De acordo com o feirante, Vanildo Matos, que é proprietário de uma banca no Mercado Municipal Albano Franco, no centro de Aracaju, o produtor sergipano depende, em sua grande maioria, de outras regiões. “A gente depende dos grandes produtores: Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso e como há problemas nas condições climáticas lá o preço do produto disparou. Não há como o comerciante não repassar o aumento ao consumidor”, explica.

Feirante há mais de 12 anos, Samuel Teles, destaca que, desde o aumento do preço do feijão, as pessoas estão comprando menos. “Uns compram outros tipos, como o feijão de corda e o preto, mas há quem só queira o carioquinha. Desses, poucos compram a mesma quantidade de antes e fica”, salienta.

Com o preço em alta, a população muda o prato do dia-a-dia. “O jeito é substituir alimentos, porém nada como o nosso feijão, que é a cara do brasileiro”, conta a vendedora Marlene Silva. Outra tática é reduzir a quantidade consumida. “Antes eu comprava 3kg ou mais, hoje só estou comprando 1Kg e olhe lá”, diz a comerciante Gilvanda Batista.

por Adson Santana