Continua pegando fogo a disputa pelos cargos de diretoria do Sebrae. Um primeiro embate, que está sendo travado no Conselho Deliberativo, do órgão, derrotou a tentativa da diretoria atual, à frente Zezinho Guimarães, que queria criar 14 cargos de assessoria de livre nomeação (sem processo seletivo público) com salários que poderiam atingir R$ 8 mil cada.

Igualmente o Conselho negou a possibilidade de que metade dos cargos de gerência do órgão pudessem ser ocupados por profissionais de fora do quadro de pessoal efetivo, que também seriam escolhidos livremente pela diretoria. Mesmo tendo aparente maioria no Conselho Deliberativo, as derrotas se deram porque os conselheiros, mesmo aqueles que dizem apoiar a diretoria, não quiseram se expor publicamente ao constrangimento de permitir a criação de cargos de assessoria em véspera de eleição.

A escolha da diretoria vai acontecer na próxima segunda-feira, 17, pelo menos por enquanto, duas chapas entram na disputa: a primeira, que quer se reeleger, tem como candidato Zezinho Guimarães para superintendente e José Tomaz Vasconcelos para presidente do Conselho Deliberativo; a outra é formada por Laércio Oliveira (Superintendente) e Manoel Prado Vasconcelos Filho (presidente do Conselho), que registrou esta chapa na tarde de ontem.

Continuidade de Zezinho no Sebrae

Já não há dúvida que grande parte do empresariado, sob a liderança da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (ACESE) e quase todo o mundo político sergipano, não deseja a continuidade de Zezinho à frente do Sebrae. Aliás, na eleição passada, em 2006, registramos a declaração de voto da Associação Comercial, contrária à reeleição de Zezinho e à eleição de José Tomaz.

O que não está totalmente claro ainda são as razões que fazem entidades como Federação das Indústrias, Federação do Comércio, Federação da Agricultura e CDL serem tão leais aos interesses de Zezinho, principalmente quando todos estão fartos de saber que tais interesses, políticos e eleitorais, estão muito distantes da agenda das micro e pequenas empresas.

Por Ivan Valença