Diretor da Emdagro a queda no valor não é justificada (Foto: Portal Infonet)

Sergipe é um dos maiores produtores de laranja do Brasil. Atualmente o Estado ocupa a 1ª posição no Nordeste e a 2ª no Brasil, com expectativa de produção em torno de 800 mil toneladas para este ano. A quantidade somente fica a baixo do que é produzido em São Paulo. A maior parte do que é produzido aqui é exportado para o exterior. Em torno de 50% da fruta é comercializada e os outros 50% é beneficiado para sucos e outros produtos.

Mesmo assim os produtores do Estado reclamam do baixo preço de venda da tonelada da fruta.

De acordo com o diretor técnico da Emdagro, Jodemir Pires, o mercado da citricultura é muito oscilante e no momento enfrenta uma baixa nos preços. “O que houve é que o consumo diminuiu e os preços baixaram. No ano passado houve uma redução, tanto que em 2009, fechamos com a tonelada de laranja sendo vendida por R$ 120 no Estado”, revela.

Já em meados de janeiro deste ano houve uma reação com o aquecimento do mercado, porém nos últimos dias o preço voltou a cair. “Há cerca de 15 dias tivemos uma reunião com os produtores de Laranja que estavam otimistas, o quadro estava favorável com a tonelada sendo vendida por R$ 270. Mas hoje o preço voltou a cair e gira em torno de R$ 200. Não há uma explicação lógica para isso, pois em São Paul,o que tem as mesmas características daqui, com a maioria da produção voltada para exportação, o preço da tonelada está em torno de R$ 350 e R$ 400”, aponta.

Para tentar amenizar o baixo preço da Laranja, o governo criou um programa de incentivo a cultura da fruta. De acordo com o programa, parte da produção é utilizada na produção de suco para venda através de associações para a merenda escolar. O programa beneficia em torno de 2200 produtores do Estado que podem vender o equivalente de até R$ 4500 por ano.

“Essa medida ajudou a amenizar a queda no valor da tonelada, pois quem vende pelo programa termina recebendo cerca de R$ 400 por tonelada. Mas essa venda é limitada a um determinado valor”, explica Jodemir.

Por Bruno Antunes