Contando com financiamento do Banco do Nordeste (BNB), o professor Gabriel Francisco  da Silva, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Sergipe (UFS), está realizando pesquisa para o aproveitamento de caroços de frutas na produção de biodiesel. O alvo inicial dos trabalhos do pesquisador são os caroços de abacate, pitomba e jaca, mas chegará à outros frutos.

“Já detectamos a existência de óleo nesses e outros caroços, mas estamos avaliando se a produção desse novo tipo de  biodiesel é economicamente viável. É nossa pretensão, inclusive, destinar o que sobrar dos caroços para a produção de ração animal”, comentou agora há pouco Gabriel Francisco. Ele prevê para breve o início da produção de biodiesel nos laboratórios da instituição de ensino em que trabalha.

“Há amplas condições de se produzir biodiesel fazendo uso dos caroços das frutas, como hoje já se faz com a mamona. Vamos ter uma produção inicial para testes, inclusive na mistura com o diesel convencional, esse que é produzido a partir do petróelo. Depois, vamos avaliar se esse biodiesel é economicamente viável. Caso se confirme a viabilização, vamos colocar o trabalho à disposição de produtores, para a industrialização”, explicou.

Sôro – Gabriel Francisco da Silva disse que encaminhou ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) projeto de pesquisa que prevê o aproveitamento do sôro do leite usado na produção de queijo e requeijão para fazer uma bebida à base de pró-vitamina A, proteínas e ferro para usar na merenda escolar. “Estamos querendo produzir um suco bastante nutritivo, com carotenóides”, explicou.