Professor Fernando Leite apoia iniciativa (Fotos: Portal Infonet)

O professor da rede pública de ensino, Fernando Leite, está fazendo uma campanha para implantar o sistema de educação integral em Sergipe. A iniciativa consiste em possibilitar que crianças permaneçam na escola durante todo o dia, para melhorar a aprendizagem e permitir que elas aproveitem também o outro período de seu dia para estudar.

De acordo com Fernando, muitas pessoas já assinaram um abaixo assinado e uma petição pública que está disponível na internet. “A ideia surgiu a partir da constatação de outros municípios brasileiros, que implantaram a educação integral e obtiveram melhorias no nível de educação de crianças e adolescentes”, explicou.

O professor ainda disse que a campanha é respaldada pelo Plano Nacional de Educação, e que está para ser votada no Congresso Nacional e na Câmara dos Deputados. Para ele, há uma defasagem muito grande na aprendizagem, e isso pode ser comprovado através dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que indicam que o 5º ano do ensino fundamental de Sergipe é o pior do Brasil.

Professor já reuniu diversas assinaturas em abaixo assinado

“Essa é uma situação muito grave, e se não fizermos nada pela educação, no futuro teremos jovens mal alfabetizados. Digo isso porque realizei uma pesquisa em 26 escolas públicas e os alunos tiraram notas baixas nos questionários sobre português e matemática”, informou o professor, que acredita que se uma iniciativa dessas for implantada em uma comunidade vulnerável, vai diminuir o índice de violência e uso de drogas da região.

A professora da rede estadual e municipal Ciene Barreto, também concorda com o sistema de educação integral. Para ela, é importante que as crianças tenham mais oportunidades para estudar. “Tem crianças que reclamam e dizem que não tem muito tempo para estudar porque precisam ajudar em casa e cuidar dos irmãos. E com a implantação dessa nova modalidade, os alunos podem ampliar seu leque de informações e garantir uma alimentação melhor”, destaca.

Por Monique Garcez e Janaina de Oliveira