Professores da rede estadual de ensino se reuniram na manhã desta terça-feira, 10, em frente ao Palácios dos Despachos, para iniciar mais uma agenda de manifestação. De acordo com o Sindicato da categoria em Sergipe (Sintese), o ato marca o início de uma paralisação que durará três dias – entre hoje e quinta-feira, 12.

Segundo a vice-presidente eleita do Sintese, Ivônia Pereira, todo o calendário de luta para este mês e também para o mês de junho já foi organizado pelo sindicato em assembleia realizada nesta segunda-feira, 9. “Queremos com esses atos mostrar a indignação da categoria contra as leis que foram aprovadas e impactaram de maneira negativa nossos direitos, a exemplo da regência em sala de aula. Vamos lutar também contra a revogação do desconto previdenciário de 14%”, destaca.

Ivônia detalhou que além da manifestação desta terça, haverá um outro ato no calçadão da João Pessoa nesta quarta, 10, e um outra manifestação na quinta-feira, 11, com horário e local ainda a serem definidos.

“Decidimos também em assembleia que faremos atos mensais para relembrar dos duros golpes que a categoria sofreu e vem sofrendo ao longo desses últimos meses”, salienta Ivônia.

Em comunicado, a Superintendência de Comunicação de Sergipe já se manifestou afirmando que a lei foi aprovada em março com pagamentos retroativos a janeiro e efetuados em abril ultrapassam os 34%. “Isso eleva os salários dos professores sergipanos a está entre os melhores do Nordeste”, destaca.

Em relação ao desconto previdenciário, a Superintendência destacou que a reforma nacional da previdência, que ocorreu em dezembro em 2019 e entrou em vigor em abril de 2020, trouxe mudanças nas regras de contribuição. “Em relação a Sergipe, o Governo enviou um Projeto pra Alese, que já foi aprovado, isentando o aposentado que ganha menos de dois salários do desconto. Os demais servidores só pagam aquilo que ultrapassar o valor de dois salários. A previsão da própria lei é que até em 31 dezembro de 2023 os demais aposentados passem também a ser isentos”, destaca.

Por João Paulo Schneider