O líder da bancada do prefeito na Câmara de Vereadores de Aracaju, Vinícius Porto, que é filiado ao Democrata, sigla que tem como pré-candidata ao cargo de prefeita de Aracaju a delegada Georlize Teles, falou com o Portal Infonet sobre esse conflito de interesses em apoiar o prefeito Edvaldo Nogueira a reeleição e sobre a possibilidade do seu partido em lançar candidatura própria. Vinícius defende que o Democratas abra o diálogo no intuito de apoiar a reeleição de Edvaldo.

“Eu tenho meu posicionamento. O meu pensamento é que o Democratas deve dialogar com o prefeito Edvaldo para ver a possibilidade de fazer parte desse grupo, mas é meu pensamento. Por enquanto, não tem nada definido, mas quando o partido tomar a decisão, ai sim nós temos pensar da mesma forma, ter o mesmo discurso”, diz.

Vinícius não confirma, mas também não descarta sua saída do Democratas. Líder da bancada do prefeito há quase dois anos, o vereador diz que o seu partido sempre soube do seu apoio a Edvaldo Nogueira. “Não estou fazendo nada escondido, não é um fato novo, faço parte da bancada há três anos, sou líder do Governo há quase dois anos, admiro a pré-candidata Georlize, é uma pessoa que fez muito por Aracaju e Sergipe, mas tenho meu posicionamento”, afirma.

O vereador adianta que já recebeu convites de alguns partidos, mas está analisando as propostas para tomar a melhor decisão. “O prefeito deverá mudar de partido agora no mês de março, até lá estamos discutindo, ele já me fez o convite, também outros partidos me convidaram, a exemplo do PSD, PV, Solidariedade e o próprio Democratas me convidou a permanecer. Eu estou analisando e conversando com todos para que eu possa tomar a decisão mais correta. Sou filiado ao DEM desde 1998, portanto, tenho um carinho muito grande por esse partido. Política é a arte do diálogo, vamos conversar, dialogar e verificar de que forma o Democratas vai se comportar em Aracaju, se apoiando Georlize como candidata ou se apoiando o perfeito Edvaldo”, ressalta.

A pré-candidata Georlize Teles entende o posicionamento do colega de partido, e afirma que nesse primeiro momento todos podem correr atrás de quem quiser, porém, uma vez definida uma proposta, todos da sigla devem defendê-la.

“ Vou respeitar qualquer decisão do Democratas, mesmo que a decisão não seja pela minha candidatura, mas se for candidata, o grupo tem que estar unido, coeso e todos acreditando numa única causa, todos temos que caminhar juntos, senão vira bagunça e confunde o próprio eleitor. Não há nada definido ainda, o diálogo está aberto”, enfatiza.

Por Karla Pinheiro