O estado de Sergipe ainda não possui casos suspeitos da variante indiana, segundo informações do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen). Identificada como B.1.617, a variante, conforme o Ministério da Saúde, já registrado sete casos confirmados no Brasil.

Seis casos da variante foram registrados em São Luiz, no Maranhão, e um em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. O superintendente do Lacen, Cliomar Alves, explica que, em Sergipe, não é feito ainda o sequenciamento genético das amostras para identificar variantes do vírus. O material é enviado para a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) que faz a investigação para detectar a presença de todas as variantes.

“Não há uma investigação específica para variante indiana ou para brasileira. O sequenciamento genético  investiga todas as variantes existentes naquela amostra. Em Sergipe, ainda não temos nenhum caso da variante indiana, por enquanto. Das amostras que testamos, predominantemente, é encontrada a P1 e depois outras linhagens que circulam no Brasil”, explica.

Cliomar esclarece que essa variante indiana tem as mesmas características da variante brasileira, e que ela é considerada mais letal por conta do local onde foi originada. “A Índia é um país muito populoso, então ela infecta e mata mais. Porém, a partir do momento em que ela for sendo disseminada no mundo, vai se notar as características dela e a similaridade com a variante brasileira. Já a variante sul-africana é sim mais agressiva e letal. Já temos essa variante no Brasil, mas não em Sergipe”, detalha.

Amostras

O Lacen continua enviando amostras para serem analisadas na Fiocruz por causa da grande quantidade recebida diariamente em Sergipe. De acordo com Cliomar, são 2.500 por dia.

“Conseguimos aumentar para 1.500 nossa capacidade instalada, ainda assim estamos conseguindo entregar diariamente o resultado de 2 mil amostras, e as 500 que excedem estamos mandando para Fiocruz. Felizmente eles estão conseguindo nos mandar o resultado em três dias, que o tempo médio que entregamos aqui também”, conta.

Cliomar lembra a população que das amostras analisadas diariamente no Lacen e na Fiocruz, 50% testam positivo para a covid-19 e que, por isso, é fundamental manter os cuidados. “Afrouxa as medidas restritivas e as pessoas acham que a pandemia acabou, que a realidade é outra. A pandemia continua, 50% das amostras testadas dão positivo para covid-19. Então, a população não pode relaxar, tem que continuar se cuidando”, orienta.

Por Karla Pinheiro