Ministério Público  realiza audiência sobre atendimento do Ipes (Foto: Portal Infonet)

Os problemas no atendimento do Ipesaúde continuam. Na manhã desta sexta-feira, 30, foi realizada no Ministério Público a terceira audiência para discutir as irregularidades apresentadas pela Vigilância Sanitária. Nas audiências anteriores os mesmos problemas foram apresentados, mas não houve melhoras. A afirmação é do sindicato dos enfermeiros.

“A falta de condição na assistência e disponibilidade de vagas em locais adequados são problemas que podem por em risco a vida dos usuários. A falta vagas para assistência pode levar o paciente a óbito nos corredores”, reclamou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (Seese), Flávia Brasileiro.

Além de problemas no atendimento, foi constatada a falta de higienização na esterilização dos equipamentos. Segundo a presidente do sindicato, os materiais são lavados nos próprios banheiros dos usuários.

Vigilância apresenta relatório

Inspeção

A Vigilância Sanitária realizou a terceira inspeção no Ipesaúde no dia 20 desse mês, constatando que não houve nenhuma melhora na estrutura física. “Depois de três visitas não foi detectada nenhuma melhora. Os espaços ainda estão incompatíveis com a demanda, há ausência de dispositivos separando os leitos e inexistência de uma central para esterilização dos materiais”, afirmou a Vigilância Sanitária.

As irregularidades apresentadas no relatório, segundo a Vigilância Sanitária, comprometem o controle de infecção por falta das barreiras entre a área limpa e a suja. Também foi notificado que o gesso das salas de urgência está mofado.

Demanda 

Flávia Brasileiro apresenta irregularidades no atendimento

O Ipesaúde atende 110 mil usuários, ocasionando deficiência na assistência e superlotação nos corredores do por falta de leitos. O Ipesaúde possui contratos de credenciamento com todos os hospitais particulares e com o Hospital da Polícia Militar (HPM). O sindicato informou a necessidade de uma central de controle para verificar disponibilidade de vagas nos hospitais credenciados.

Durante a audiência o Hospital da Polícia Militar (HPM), representado pelo médico George Araújo, informou que o hospital cedeu espaço para serviços de pronto-atendimento ao Ipesaúde, de forma verbal há  mais de 10 anos. E afirma que o HPM nunca impediu  a realização de reformas ou a ampliação do local para melhor atender os usuários.

Ipesaúde

O gerente administrativo do Ipesaúde Natanael Carvalho Guimarães, informou que existe dois projetos de ampliação da unidade: “ Há expectativas de reforma do Ipesaúde com a sua ampliação, o projeto está sendo discutido. Temos conhecimento dos problemas estruturais, mas nada pode ser feito sem que haja a regulamentação para ampliação do serviço”, afirmou.