Servidores reunidos em ato grevista (Foto enviada pelo Sintasa)

Após quatro dias em greve, cerca de 150 servidores da saúde do município de São Cristóvão encerram o ato em frente à prefeitura e voltam ao trabalho nesta segunda, 17. Porém, a falta de diálogo, de reajuste salarial e a estrutura precária das unidades de saúde ainda preocupa os trabalhadores. De acordo com a categoria, a paralisação foi encerrada após o salário do mês de setembro ter sido depositado, mas o movimento continua.

“Nossa principal reivindicação era o atraso dos salários, mas vamos continuar reivindicando para mostrar que os trabalhadores da saúde estão acordados e exigem respeito”, ressalta o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), João Wadson Silva.

Ainda segundo o presidente, as 15 unidades apresentam problemas de assistência à população e dificulta o trabalho dos servidores. “Não tem remédios nos postos, faltam itens básicos como dipirona e soro. A medicação para hipertensos e diabéticos tem em dois ou três dias no mês e depois não tem mais”, revela.

Falta de Diálogo

Ainda de acordo com o diretor do Sintasa, o que agrava ainda mais a situação é a falta de diálogo com a prefeitura do município. “Além de todo o problema com a estrutura física, não conseguimos encontrar o prefeito. Quando ficaram sabendo da greve, simplesmente depositaram os salários e não nos receberam. Não há negociação: mandamos pautas e ofícios, mas ninguém dialoga com os servidores. O gestor conhece as necessidades do povo, mas a politicagem atrapalha tudo”, expressa. “Encerramos a greve, mas continuaremos correndo atrás dessa negociação”, completa.

Secretaria de Saúde

O Portal Infonet entrou em contato com o secretário de saúde do município, Jamar Miranda, que nos informou ter assumido a pasta no último dia 4 de outubro. Segundo o secretário, ele irá buscar alternativas para resolver a situação através de diálogo com a categoria.