(Foto: Portal Infonet)

O Ministério Público do Estado (MPE) através da promotoria da saúde realizou uma audiência nesta sexta-feira, dia 10, para discutir sobre a falta de insumos básicos e materiais hospitalares a exemplo de luvas, roupas etc, o que ocasionou a suspensão de cirurgias no Hospital de Urgência e Emergência de Sergipe (Huse).

A audiência foi motivada após representação feita por membros de diversas áreas médicas do Estado. Participaram da reunião o superintendente do Huse, Francisco Claro, a coordenadora do Setor de Oncologia, Rute Andrade e o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM), José Roberto Melara.

O superintendente do Huse, Francisco Claro, confirmou a falta de insumos e de materiais cirúrgicos. “A falta existe, mas são pontuais e não constates. Já entramos em contato com a Fundação Hospitalar de Saúde que disse que em breve o problema será solucionado”, diz.

Para o diretor do Conselho de Medicina, Roberto Melara, nessa situação quem menos tem culpa são os médicos “O que se diz é que o estado repassa muita verba ao ano para gerir a saúde e não se vê em que é utilizado, o que precisa é ter transparência com o dinheiro público. A gente ouve falar que pacientes ficam amontoados em ambientes sem nenhuma estrutura e o conselho não pode ser conivente com essa situação. A FHS tem atrasado o pagamento aos fornecedores e por isso acaba por atrasar a entrega dos produtos”, conta.

De acordo com a promotora do MPE, Euza Missano, o órgão está fazendo esforço para que os problemas possam ser resolvidos. “Após essa reunião podemos dizer que as cirurgias estão sendo suspensas por conta da falta de materiais. Tem um mês que recebemos a denúncia. O problema é que as liminares não estão sendo cumpridas. O MP não irá esperar mais atraso porque o órgão faz um esforço para que o fato seja solucionado”, explica.

Por esse motivo, o MPE já ajuizou uma Ação Civil Pública para apontar de quem é a responsabilidade pela ausência de material no Huse.