O paciente Genivaldo dos Santos, já sem forças ao lado da esposa Maria Luciene (Fotos: Portal Infonet)

Dor de cabeça, pressão alta, impaciência e muita fome. Esses são apenas alguns dos sintomas dos quais está sofrendo o funcionário da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Genivaldo dos Santos. Sentado em uma cadeira na recepção do Hospital do Rim, localizado à rua Arauá, ele aguarda sem forças a chegada da ambulância do Ipesaúde, que o deixou por volta das 6h na unidade e até às 15h30 minutos desta sexta-feira, 5 não havia retornado para levá-lo ao Hospital da Polícia Militar (HPM) aonde está internado com problemas renais.

“Eu estou aqui lutando pelos direitos do meu marido. Ele é funcionário da Secretaria de Educação há muitos anos e está afastado por conta da doença. Todos os meses o salário vem descontado com a parcela do Ipesaúde, mas na hora que precisamos é essa falta de respeito”, ressalta a esposa do Sr. Genivaldo dos Santos, Maria Luciene Santos Oliveira.

Ela mostra os prontuários com todos os problemas de saúde do marido

Ela ligou para o Portal Infonet pedindo uma ajuda na divulgação do que considera ‘um total descaso com o ser-humano’.

“Nós chegamos aqui às 6 horas da manhã para fazer um procedimento de hemodiálise. Meu marido foi liberado às 11h e em seguida deram um lanche pra ele, um suco com um sanduíche natural. Já são 15h30 e ele está ali sentado, com dor de cabeça, pressão alta e muita fome. Ele não pode comer tudo, senão eu já tinha ido comprar alguma coisa. Isso não se faz”, lamenta Maria Luciene acrescentando que residem no bairro Getúlio Vargas e que o marido terá que retornar para o HPM.

Contraponto

A coordenadora de Enfermagem do Setor de Pronto-Atendimento do Ipesaúde, Vilma Cruz explicou que a demora no deslocamento do paciente, do Hospital do Rim para o Hospital da Polícia Militar se deu devido à grande demanda.

Ambulância chegou às15h, mas motorista disse ter ido pegar outro paciente Servidor público ficou no Hospital do Rim desde às 6h da manhã desta sexta-feira, 5

“Hoje nós tivemos muitos pacientes graves. A demanda é muito grande e só temos duas ambulâncias e um motorista.

Nós sabíamos que o paciente estava esperando, mas infelizmente a situação dele não dá para ser transportado em outro veículo que não seja em ambulância”, esclarece informando que o Sr. Genivaldo dos Santos já foi levado de volta para o HPM.

Por Aldaci de Souza