Médicos se reúnem com Capitão Samuel (Foto: Portal Infonet)

Dirigentes do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) se reuniram, no final da manhã desta terça-feira, 16, com o deputado estadual Capitão Samuel (PSC) em busca de apoio na Assembleia Legislativa pela aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimento (PCCV) que equipare benefícios entre celetistas, contratados pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), e estatutários.

Além do PCCV, os médicos também reivindicaram apoio do parlamentar quanto a mudança de gestão no Hospital da Polícia Militar (HPM) de forma que a unidade seja transformada em hospital geral destinado ao atendimento dos servidores públicos assistidos pelo Ipesaude.

Na reunião, o Capitão Samuel se comprometeu a manter um canal de interlocução com a classe médica e garantiu que só se manifestará, no momento em que o projeto for encaminhado à Assembleia Legislativa, depois que debater todas as cláusulas com a classe médica.

Quanto ao pleito relacionado ao HPM, o Capitão Samuel fez esclarecimentos sobre a realidade da unidade, enaltecendo as dificuldades enfrentadas por falta de investimentos, segundo considera o parlamentar. “O que não pode acontecer é ficar como está. Não adianta apenas mudar de gestão, tem que haver investimentos para que o hospital possa funcionar com sua capacidade plena”, comentou o Capitão Samuel, após a reunião.

Os médicos avaliam como positivo o encontro com o parlamentar e permanecem aguardando uma manifestação da diretoria do Ipesaude. Na semana passada, os representantes da classe médica se reuniram com o presidente do Ipesaude, Vinícius Barbosa, mas não se chegou a consenso. "Conselhimos colocar nossas pontuações e o Capitão Samuel ficou de fazer as avaliações, mas ele não vê empecilho para transformar o Hospital da Polícia Militar em hospital dos servidores públicos e anunciou total apoio ao nosso PCCV, dizando que fará todo esforço para que não tenhamos prejuízos", observou o médico Luiz Carlos Spina, diretor do Sindimed.

Temendo a precarização dos serviços, os médicos também questionaram o edital publicado pelo Governo prevendo a contratação de pessoal para os serviços de pronto atendimento do instituto. Mas, diante da polêmica, o edital acabou suspenso.

O Portal Infonet procurou o Ipesaude para saber a versão do Governo sobre a posição da classe médica e do deputado Capitão Samuel. Mas a assessoria de comunicação informou que o presidente não se manifestará, pelo menos por enquanto, quanto às questões levantadas pela classe médica. A assessoria se limitou a relatar que o presidente apenas informa que o edital foi suspenso por tempo indeterminado e que o Governo está em processo de diálogo com a classe médica.

Por Cássia Santana