Após denúncias de superlotação e a escassez de profissionais, o Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde de Sergipe (Sintasa) têm reivindicado melhorias no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro.

Segundo o Sindicato, as denúncias foram feitas pelos próprios trabalhadores, que já haviam tentado dialogar com a administração do hospital, mas não obtiveram êxito.

Diante desse quadro, a direção do Sintasa realizou uma visita ao hospital, na quarta-feira, dia 11, para verificar as condições e confirmou a superlotação no Pronto Socorro e a falta de profissionais na unidade de saúde.

Ainda segundo o Sintasa, o Pronto Atendimento, que deveria ser exclusivamente gerenciado por técnicos de enfermagem, contava apenas com auxiliares, em quantidade insuficiente.

O presidente do Sintasa, Augusto Couto, expressou sua preocupação com a sobrecarga dos trabalhadores e as dificuldades de comunicação com a gestão. “Nós pedimos uma mediação junto à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), para que pudéssemos nos reunir com o secretário de Estado da Saúde e ter uma conversa para tentar resolver essas questões e não deixar o servidor sobrecarregado”, afirma.

Refeitório em reforma

De acordo com o Sintasa, apesar de ter denunciado em 30 de agosto a situação inadequada do refeitório do hospital, nenhuma melhoria foi realizada até o momento. Os trabalhadores continuam sem um local apropriado para se alimentar, devido a uma reforma no refeitório que já se arrasta há cerca de 100 dias.

Augusto Couto ressalta que a situação é desmotivadora para os trabalhadores do Hospital de Socorro, que enfrentam sobrecarga de serviços, problemas de refeitório e a falta de reajuste salarial retroativo a maio, concedido a outros trabalhadores da administração. Além de enfrentar incertezas devido à possível extinção da FHS e ao impacto em sua empregabilidade no próximo ano.

SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que houve um aumento na demanda de atendimentos no pronto-socorro do Hospital Regional do município de Nossa Senhora do Socorro, entretanto, os pacientes não deixaram de ser assistidos em nenhum dos três turnos.

No que se refere ao atendimento, as equipes de enfermagem estavam completas, sem déficit. Ressalta, ainda, que o pronto-socorro dispõe de profissionais enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, escalados de acordo com perfil assistencial no pronto-socorro: auxiliares e/ou técnicos de enfermagem no eixo não-crítico (área Azul) e somente técnicos de enfermagem no eixo crítico (áreas Amarela e Vermelha), todos com condução de enfermeiros.

O Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro oferta serviços de urgência e emergência, internação, Serviço Apoio Diagnóstico Terapêutico (Sadt) e maternidade de risco habitual, com fluxo de atendimento por demanda espontânea e referenciada.

Com relação a reforma do refeitório, a Secretaria de Estado da Saúde informa que ela se encontra em andamento, mas houve um atraso no prazo previsto devido ao surgimento de novos reparos no teto de áreas próximas ao refeitório. É importante salientar que os profissionais não ficaram desassistidos, passaram a receber a alimentação e a disponibilização de três copas de apoio para a realização das refeições.

Quanto aos questionamentos sobre assédio, orientamos que os profissionais procurem a Gestão Administrativa/Superintendência para relatar o ocorrido ou se manifestem por meio da Ouvidoria, por meio do número 3279-2700, para que as situações possam ser apuradas.

Por Luana Maria e Aisla Vasconcelos
Com informações do Sintasa