A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu consulta pública para colher opiniões da população acerca do tratamento de diabetes tipo 2 através do procedimento da cirurgia metabólica.

Cerca de 47 milhões de brasileiros são usuários de planos de assistência médica e, com isso, a ANS verifica o interesse desta comunidade para incluir como obrigatoriedade a cirurgia metabólica para pacientes com obesidade leve e diabetes não controlado.

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo, Dr. Raul Andrade, a cirurgia metabólica tem efeitos importantes sobre o controle do diabetes. “Desde 2017 esta é uma recomendação do Conselho Federal de Medicina, pois assim como a obesidade, o diabetes é uma doença crônica e progressiva. Ambas doenças são as responsáveis por mais de 70% de mortes, por complicações cardiovasculares e de derrames. Obesidade e diabetes são, inquestionavelmente, pandemias deste século,” atesta o médico.

A Sociedade Brasileira de Diabetes aponta 13 milhões de pessoas vivendo no país com a enfermidade. “Com a evidência do Covid-19, um dos casos mais graves de evolução foram justamente para pacientes com obesidade e diabetes,” conta Dr. Raul.

As pesquisas científicas demonstram até agora um controle efetivo da diabetes a partir da cirurgia metabólica. Além do impacto na glicemia, os estudos indicam melhora do controle da doença renal decorrente do diabetes e reduz a mortalidade por problemas coração.

Um estudo conduzido por Mingrone, da Universidade Católica de Roma – Itália, indicam taxas de controle aproximadamente de 85% para a cirurgia metabólica e próximo de zero para o tratamento clínico, nos pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) maior de 35.

“Nesses trabalhos, a perda de peso e o IMC não foram preditores na redução da glicemia, o que sugere que a cirurgia metabólica pode exercer os efeitos de controle do diabetes mesmo antes da perda ponderal. Por isso é importante a população participar da consulta pública e emitir opinião acerca desta inclusão da cirurgia metabólica pelos planos de saúde”, relata Dr. Raul Andrade.

Fonte: Assessoria de Imprensa