Com a chegada do inverno e a consequente queda da temperatura, muitas pessoas ficam mais vulneráveis a pegar gripes, resfriados, ou outras síndromes. Segundo a chefe da Unidade do Sistema Respiratório do HU-UFS, Luiza Dória, os cuidados necessários nesta época do ano são os mesmos que muitos cidadãos têm tomado para evitar o contágio do novo coronavírus (Covid-19).

“Assim que as temperaturas diminuem, aumenta a manifestação de gripes, resfriados, quadros de rinite, sinusite, bronquite e asma”, afirma a médica Luiza Dória. Ela explica que isso acontece em virtude das mudanças bruscas de temperatura. “Em outros países o inverno é mais rigoroso e as pessoas acabam se confinando em casa. Na nossa região, isso não ocorre. O que há são rápidas mudanças de temperatura e esse choque térmico acaba propiciando esses quadros de síndromes gripais”, afirma.

Ainda segundo a profissional, com vias aéreas inflamadas, há uma maior vulnerabilidade da pessoa ser acometida por outras doenças e desenvolver alguma complicação respiratória futura. “Dessa maneira, as recomendações permanecem as mesmas. Lavar constantemente as mãos com água e sabão, fazer uso do álcool em gel e usar a máscara”, destaca. “Ao fazer o uso da máscara, por exemplo, a pessoa também está protegendo o outro”, reitera.

Além desses cuidados que muitos já conhecem, a médica orienta ainda evitar ficar passando a mão com frequência na superfície do rosto, como nos olhos, nariz e boca. “Caso contrário a pessoa pode inocular o vírus, isto é, levar para dentro de si. É preciso atenção as regras de higiene, que, em princípio, são as mesmas recomendas para se evitar a transmissão da Covid-19”, ressalta.

por João Paulo Schneider