Docentes da UFS realizam ato marcando 100 dias de greve

Manifestação marca os 100 dias de greve dos docentes da UFS

Professores, servidores, alunos e categorias associadas reuniram-se na tarde desta sexta-feira, 24, em uma manifestação para marcar os 100 dias da greve dos docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O ato foi convocado pelos estudantes do Comando de Mobilização Estudantil da greve, e se iniciou às 16h, na Praça Fausto Cardoso, centro da capital. Munidos de bandeiras, cartazes e apitos, os manifestantes saíram em marcha com direção ao Centro de Cultura e Arte (Cultart), localizado na Avenida Beira Mar. A passeata aconteceu simultaneamente em vários locais do país. Ao fim, os grevistas se reuniram no Cultart para o ‘Forró da Greve, às 19h.

Segundo Sônia Meire de Azevedo, representante do Comando Local de Greve e do Sindicato da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs), “o ato representa nossa resistência frente à resistência do governo. Não somos nós que não queremos negociar, são eles. Nós já flexibilizamos nossas pautas e já apresentamos uma contraproposta. Enquanto o governo não negociar, a greve será sustentada”. Ainda segundo Sônia Meire, novas manifestações serão planejadas nas próximas assembleias do Comando de Greve Unificado, que acontecem semanalmente.

Manifestantes saíram em marcha em direção ao Cultart, simultaneamente ao resto do país

Segundo Hunaldo Lima, docente do campus de Itabaiana e representante do Comando Local de Greve (CLG), “a greve deverá prosseguir enquanto o governo mantiver a mesma proposta enfadonha, que só prejudica a carreira dos professores”.
Para o representante do CLG, a manifestação mostra não só a adesão dos alunos como de outras entidades de nível federal, que se uniram ao ideal dos grevistas. “Aqui hoje estão presentes membros da Funasa [Fundação Nacional da Saúde] e do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], pra mostrar como nossa greve está alcançando cada vez mais adeptos. Esse ato representa nossa força dos 100 dias, e nossa força em continuar”, diz Hunaldo.

Representante do Comando Estudantil, Fernando Gramoza vê a mobilização como a marca da consciência dos estudantes. “Temos hoje no Brasil um quadro de educação sucateada, em que o governo faz questão de dizer que a educação é uma prioridade, mas não é bem assim. Nós lutamos pela valorização do professor. Se a educação funcionasse de fato, não estaríamos aqui, mobilizados. É injusto que a greve tenha que terminar só por que a União tem que fechar seu orçamento. Nós queremos aula, mas enquanto o governo não negociar, permaneceremos”, diz Fernando.

Reivindicações

Além de reivindicarem o plano de carreira dos professores e funcionários, os manifestantes defendem políticas de permanência estudantil nas universidades federais. Os grevistas reivindicam ainda o investimento de 10% do PIB para a educação, e rejeitam o Plano Nacional de Educação (PNE).

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