Falta de funcionários deixa escola municipal sem aulas

Faixa na entrada da escola mostra denuncia o problema (Fotos: Portal Infonet)

O clima não foi dos melhores na Escola Municipal Juscelino Kubtschek, localizada no bairro Coroa do Meio, por conta da suspensão das aulas desde a última quinta-feira, 23 em virtude da falta de pessoal para limpeza, segurança e apoio educacional. Na manhã desta segunda-feira, 27, algumas mães estiveram no estabelecimento de ensino para cobrar providências e professores paralisaram atividades. Uma reunião foi realizada entre os coordenadores e os professores da escola, para anunciar que a situação está “insustentável”.

“Eu sou mãe de aluno e faço parte do Conselho Escolar e assim como os outros pais, não concordo com essa situação. Meu filho tem 12 anos, estuda no sexto ano e sofre com a falta de segurança aqui no Juscelino. Agora além da falta de segurança, vem a falta de profissionais para fazer a limpeza. Resultado: mais um dia sem aula. Nós estamos aguardando uma posição da Secretaria de Educação porque do jeito que está, a escola não tem condições de funcionamento”, lamenta Elisângela da Silva.

Alunos foram mais uma vez dispensados

Natália Conceição Santos é aluna do 5º Ano D e não se conforma com a falta de aulas. “Nós já não tivemos aulas na quinta e na sexta-feiras da semana passada porque não tem funcionários. Disseram que hoje ia ter e agora já dispensaram a gente para voltar pra casa porque nem água para beber tem”, reclama.

Reunião

O coordenador geral da Escola Municipal Juscelino Kubtschek, José Ítalo Correia reuniu os professores, mães de alunos e a imprensa em uma sala para discutir o problema. Segundo ele, há muito tempo vem alertando à Secretaria Municipal de Educação por meio de ofícios, de que os contratos dos funcionários estavam vencendo.

A estudante Natália lamenta a situação

“No último dia 16, a secretária Josevanda Franco esteve na escola e garantiu que hoje (27), os servidores estariam na escola o que não aconteceu. Não estou nada satisfeito com essa situação, pois estão fazendo de conta que a gente faz educação e educação não precisa só da equipe diretiva e dos professores, mas de pessoal de apoio. É preciso ter mais respeito com os estudantes”, destaca lembrando que o problema já foi discutido no Ministério Público Estadual.

Ele disse ainda que o estabelecimento não tem porteiro e vigilante só no período da noite. “O que fez com que a gente suspendesse as aulas, foi justamente a falta de pessoal de apoio. Se a secretaria tivesse planejado, não tinha chegado a esse extremo. Semana passada, enviaram duas senhoras, mas uma delas não quis ficar por conta do horário. Houve a proposta de trazer guardas municipais, mas sabemos que devem ser preparados para lidar com o ambiente escolar”, alerta.

Professores participaram da reunião com …

Em duas salas de aula, boa parte do forro caiu e dos três bebedouros da escola, apenas um funciona, sem contar com os computadores que estão apresentando problemas e a internet ainda não funciona.

Sem aulas alguns alunos ficaram na quadra e de repente um deles gritou que tinha sido atingido por um chute. Professores colocaram gelo nas costas do adolescente e chamaram os que teriam chutado.

Semed

A secretária municipal de Educação, Josevanda Franco, explicou que os contratos foram encerrados e que ela não tem como contratar durante o período de campanha eleitoral.

“Nós tínhamos servidores da Secretaria, mas os contratos acabaram e não outra opção a não ser abrir um processo licitatório, a empresa vencedora já está enviando os servidores e não é um problema a ser solucionado em 24 horas. A questão de pessoal é muito mais complicada, precisa de concorrência pública”, esclarece.

… o coordenador Ítalo Correia

Rosângela é mãe de aluno

Forro desabando em algumas salas

Estudante atingido por chute coloca gelo

Sobre a questão dos guardas municipais, a secretária foi enfática: “Não posso militarizar a escola”. E quanto ao forro, ela disse que “os alunos retiraram as placas dos forros e os coordenadores não tomaram as providências. São quatro coordenadores que devem trabalhar 40 horas semanais e não cumprem. Os bebedouros estão quebrados e quando perguntamos a resposta é ‘quebraram’, sujeito indeterminado e as providências não são tomadas. É mesmo que ser uma casa sem dono. Não estou minimizando o problema da falta de funcionários, sei que existe também em outras escolas, mas só o Juscelino suspendeu as aulas”, afirma Josevanda Franco.

Por Aldaci de Souza

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