UFS: Docentes discutem rumo do movimento grevista

Nova assembleia acontecerá no auditório da Adufs na próxima sexta, 14 (Fotos: Portal Infonet)

Membros da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) se reuniram na sede da entidade para deliberar a respeito das futuras posturas do movimento grevista. A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira, 13, e debateu pontos a serem apresentados pelos docentes junto ao governo em nova assembleia. A próxima reunião dos docentes deverá acontecer na manhã da sexta-feira, 14, no auditório da Adufs. Na ocasião, os professores decidirão pela permanência ou suspensão da paralisação.

Segundo Brancilene Santos, presidente eleita da diretoria da Adufs, o primeiro semestre letivo terá continuidade ainda neste ano em caso de suspensão da greve. “Iremos negociar com a universidade de que maneira compensaremos as seis semanas de aula pendentes para encerrar 2012.1, e logo depois, iniciaremos as atividades de 2012.2. Mas desde já fica o indicativo de retorno á paralisação no primeiro semestre de 2013”, diz Brancilene.

Ainda segundo a presidente eleita, os professores tem a intenção de manter a flexibilidade na mesa de negociação. “Até agora nós oferecemos propostas e nos mantivemos abertos ao diálogo. O governo nos ignorou, nos 'enfiou' uma proposta e nos excluiu das decisões”, diz Brancilene. A professora não reconhece como legítima a frente que atualmente debate a questão dos docentes junto ao governo. “A entidade não representa nem 5% da categoria, e nossa luta é para que nós do movimento grevista possamos nos inserir nas discussões”, afirma Brancilene Santos.

Propostas

"O governo nos ignorou", diz Brancilene Santos

Segundo Brancilene Santos, as propostas apresentadas pelo governo até então não condizem com a atual situação das universidades federais, em especial a Universidade Federal de Sergipe (UFS). “O governo propõe que haja uma só regra para reger todas as universidades brasileiras. Parece bom à primeira vista, mas a proposta não contempla as especialidades regionais de cada instituição. Os investimentos são diferentes e as realidades são desiguais”, diz Brancilene.

Outra proposta rejeitada pelo movimento grevista é a obrigatoriedade do estágio probatório para a carreira dos docentes. “Ainda que tenha titulação, o professor fica impedido de progredir dentro da universidade devido ao estágio probatório. Isso torna a carreira menos atraente, pois o professor se vê preso, sem ampliar suas possibilidades”, afirma a presidente eleita.

Os professores incluem entre suas reivindicações uma pauta localizada, relacionada aos investimentos para a contratação de professores e a construção de novos prédios na UFS. “Hoje temos turmas superlotadas, com mais de cem alunos. Queremos uma negociação que contemple a necessidade dos novos cursos e também dos cursos já existentes”, diz Brancilene.

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais