Alunos de SE e PE fazem pesquisa na Mata do Junco

Pesquisa reúne estudantes de Pernambuco e de Recife (Foto: Ascom Semarh)

Até o próximo domingo, 21, alunos do curso de pós-graduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e de Ecologia e Conservação da Federal de Sergipe (UFS) estarão atuando na Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, área protegida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Eles participam de aulas teóricas e práticas referentes ao curso de campo em Taxonomia de Angiospermas (classificação de espécies de plantas com flores).

As aulas, que são promovidas pelo Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pernambuco em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, contam com a orientação dos professores Dr. Marccus Alves e a Dr. Maria Regina Barbosa.

Dividindo-se em dois grupos, os pós-graduandos participaram durante a manhã de hoje de uma trilha ecológica pela Mata do Junco com o objetivo de reconhecer as diversidades de plantas e espécies existentes no local. “Outra finalidade desta atividade é ajudar na implantação do plano de manejo da unidade de conservação, pois, quanto mais informações você tem de uma área sobre a sua diversidade florística, mas eficaz será esse instrumento”, aponta o professor Dr. Marccus Alves.

O professor comenta ainda que essas atividades de campo, quando serão estudadas as espécies da Mata Atlântica do RVS Mata do Junco, serão identificadas e incorporadas ao acervo do Herbário da Universidade Federal de Sergipe, sendo, portanto, uma oportunidade de ampliação dos conhecimentos sobre a flora do Refúgio de Vida Silvestre.

“Com a identificação dessas espécies ocorrentes na flora sergipana vamos informatizar a coleção das plantas de Sergipe incluídas no acervo do Herbário ASE, sob a responsabilidade da doutora Ana Paula Prata. Já as informações por sua vez servirão para a divulgação da diversidade florística do estado para alunos de graduação e pós-graduação, além dos demais pesquisadores e interessados nessa temática”, comenta o professor.

Já durante as expedições dentro da unidade de conservação, as amostras taxonômicas que são encontradas e altamente identificadas mediante as suas respectivas famílias e classes passam por um processo chamado, herborização, no qual o material é colocado em uma prensa de madeira, entre jornais e papelões alternados, a fim de conservar suas características, ganhado o molde para a armazenagem. “Esse material segue para a estufa onde são desidratadas para serem incorporadas a coleção científica que é o herbário. Lá as exsicatas (amostras) são conservadas em um ambiente climatizado, gerando assim um banco de dados sobre toda a diversidade”, diz Dr. Marccus Alves, comentando ainda que essas informações são de livre acesso a qualquer pesquisador e alunos que queiram utilizá-las como base para diversos estudos, entre eles os de biologia vegetal.

Para a pós-graduanda em Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Rosineide Nascimento da Silva, a atividade foi bastante significativa. “Você está em uma sala de aula e vir para outro ambiente, buscando um olhar mais técnico é algo totalmente distinto. Aqui, os atores envolvidos terão um contanto maior com a natureza, em que são observadas várias interações de espécies e consequentemente com os demais técnicos que atuam com as demais diferentes áreas de estudo”, pondera.

Vindo da Argentina para prestar um mestrado na área de Biologia Vegetal, a pós-graduanda Mariana Baez também deu sua opinião sobre a atividade. “Como trabalho em laboratório com citogenética, ter um contanto com a natureza e perceber o que acontece com ela de fato, foi algo bastante novo para mim”, afirmou.

Herbário

O herbário ASE fica lotado no Departamento de Biologia da UFS, em que o material coletado é incorporado permanecendo em baixa temperatura. Fundado nos idos de 1976, reúne atualmente uma coleção com cerca de 21 mil exemplares do reino vegetal, sendo que 80% dessas informações já estão informatizadas, disponíveis para o fornecimento de dados para pesquisa dos especialistas.

O secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, demonstra satisfação com o fato do refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco servir de centro de pesquisa para universidades de outros Estados. Destaca ainda o fato da unidade de conservação disponibilizar de uma infraestrutura como alojamento, centro de vivência, laboratório e escritório para desenvolvimento de atividades de proteção, pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo.

Para a coordenadora técnica do RVS Mata do Junco, Augusta Barbosa, os estudos além de servirem para ampliação do conhecimento científico sobre a flora da Unidade contribuem para a conservação da mesma em Sergipe. “O curso de Taxonomia de angiospermas realizado com estudantes de Universidades Federais de Pernambuco e Sergipe em parceria com a SEMARH, além do conhecimento da flora, remete à importância da conservação ambiental do Refúgio de Vida Silvestre da Mata do Junco, fortalecendo ações de conservação da Mata Atlântica em Sergipe”, citou Augusta.

Fonte: Ascom Semarh

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