Colégio estadual poderá encerrar atividades noturnas

Professores e alunos reivindicam manutenção do turno da noite (Fotos: Portal Infonet)

Alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Professor Benedito Oliveira, no conjunto Orlando Dantas, percorreram as ruas da localidade na noite desta terça-feira, 15, em um protesto contra o iminente fechamento do turno da noite no colégio. Segundo os manifestantes, o encerramento das atividades noturnas irá comprometer a educação de 170 alunos e seis turmas, entre os quais a maioria trabalha durante o período do dia.

“Eu trabalho como cuidadora para ajudar na renda da minha casa, e não tenho condições de estudar em outro horário. Fechar o turno da noite vai prejudicar não só a mim, mas a todos os alunos que trabalham durante o dia”, afirma a aluna Dayane de Jesus Batista.

Ainda segundo a aluna, a escola passa por deficiências também em relação à estrutura. “Nós precisamos de uma reforma, que providenciem lanche e que contratem mais professores e funcionários, por que algumas disciplinas estão sem aula”, relata.

Dayane: fechamento do turno da noite prejudica alunos trabalhadores

Segundo a pedagoga Acácia Cardoso, o fechamento do turno da noite poderá causar desinteresse entre os alunos. “Caso o turno da noite seja fechado, os alunos vão se desmotivar e podem até não voltar a vir para a escola. A diretoria diz que vai fechar por que não tem alunos suficientes no turno, mas às vezes eles não vem justamente por que as condições não estão boas. Se falata lanche e professor, ninguém quer sair de casa”, diz.

Maryvan Silveira, coordenadora pedagógica do colégio, afirma que o fechamento do turno da noite na Escola Benedito Oliveira é uma determinação da Secretaria de Estado da Educação (Seed). “Tivemos uma reunião na semana passada onde eles explicaram que iriam fazer uma reestruturação para redução de custos, já que estava ficando caro manter a escola para poucos alunos. Tanto os estudantes como os professores e funcionários serão absorvidos em outra escola no próprio bairro, e não sofrerão nenhuma perda”, diz.

Maryvan Silveira: fechamento é determinação da Seed para corte de custos

Quanto a ausência de lanches e professores, a coordenadora refuta as acusações. “Tínhamos duas disciplinas em que faltavam professores, mas ontem [14] um já foi contratado. E sobre os lanches, nunca deixamos faltar. Mesmo quando faltam funcionários para servir, eu mesma me comprometo para fazer isso”, declara.