Fórum Estadual debate a erradicação do trabalho infantil

Evento discutiu erradicação do trabalho infantil (Fotos: Portal Infonet)

O Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente de Sergipe (FEPETI/SE) reuniu na manhã desta quinta-feira, 18, professores, coordenadores e gestores de escolas para debater o tema. Na oportunidade, foi discutida ainda a 1ª etapa da Formação Continuada das Unidades Escolares inseridas no Projeto ‘Escola Contra o Trabalho Infantil’. Em Sergipe, 44 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalham, segundo o IBGE.

De acordo com o Coordenador do Fórum, Danival Falcão, o debate foi incentivado a partir de uma avaliação da prática do trabalho infantil nas feiras livres de Aracaju. Ele conta que tem trabalhado no sentido de mobilizar órgãos do governo e da sociedade civil contra o trabalho infantil. “Preciso chamar a sociedade em geral, o estado a responsabilidade porque é assim que diz a constituição, que é dever do estado e da sociedade proteger a criança. Então a escola é um processo privilegiado de reflexão e de mudança de conceito. É necessário refletir individualmente para depois refletir coletivamente. Sabemos que há pessoas que defendem o trabalho infantil. Nós queremos que toda crianças tenham uma escola qualificada, contextualizada e de tempo integral”, entende.

Danival Falcão "é dever do estado e da sociedade proteger a criança"

Trabalho

Segundo Falcão, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 mostrou que 44 mil crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 17 anos trabalham em Sergipe. Desses 44 mil, 1.020 crianças, entre 5 e 9 anos, trabalham e muitos deles trabalham para sustentar suas famílias.
Participaram ainda, coordenadores e gestores da Escola Estadual Maria do Carmo Alves, localizada no Conjunto Augusto Franco, e da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Diomedes Silva, localizada no bairro Santa Maria.

Na programação forma abordados diversos assuntos, dentre eles, os Direitos da Criança e do Adolescente, Saúde do Trabalhador Infantil, Serviço de Fortalecimento de Vínculos, Fluxo de Atendimento e Notificação, Bolsa Família e condicionalidades, relações de trabalho e fiscalização, dentre outros. O objetivo da ação é formar uma rede de proteção que inclua toda a comunidade escolar e alertar sobre os prejuízos do trabalho na fase da infância e da adolescência e sobre a necessidade de proteção da criança e do adolescente contra qualquer tipo de exploração que atrapalhe seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social.