|
Alunos fazem protesto por falta de merenda (Fotos: Portal Infonet) |
Os alunos da Escola Estadual Doutor Leandro Maciel, realizaram na manhã desta quinta-feira, 8, um protesto contra a falta de feijão e verdura na merenda escolar. Os estudantes alegam que estão há mais de sete meses sem os itens. Segundo os alunos, o almoço se resume a apenas arroz com carne moída ou macarrão. Na escola, que está localizada no bairro Ponto Novo, estudam cerca de 545 alunos e em tempo integral.
O aluno Rafael Almeida contou que além da falta do feijão e dos legumes, os lanches são sempre os mesmos. “A gente só come arroz com carne moída ou macarrão. O lanche é o mesmo todos os dias. É sempre broa ou rocambole, que às vezes é servido com mofo. Já sei de alunos aqui que estão anêmicos pela falta do feijão”, diz o aluno.
Nos gritos de protestos, os estudantes pediam atenção do Governo para com a alimentação na escola e diziam estar anêmicos. “Já existe registro aqui de alunos que estão anêmicos pela falta do feijão e de legumes. Não adiantam dizer que é mentira porque a gente pode provar. Além disso, a alimentação da escola é importante porque a gente fica aqui o dia inteiro e tem pessoas que não tem condição de comprar lanche e almoçar fora”, reclamou uma das alunas.
Seplag
A assessoria de comunicação da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag) explica que houve demora na licitação da empresa que fará a distribuição da merenda escolar. Confira a nota na íntegra:
“Diversas empresas que venceram na última licitação para itens de merenda escolar foram desclassificadas pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) porque as mesmas foram citadas em relatórios de auditorias da CGU e do TCU por indícios de fraude em licitação anterior, que também tinham como objeto o fornecimento de merenda escolar. Inclusive, apesar da atuação do Governo do Estado no sentido de investigar e punir tentativas de fraudes em licitações, atualmente estas empresas ainda prestam serviço de fornecimento por estarem embasadas em decisões judiciais. Após a decisão da Seplag em desclassificar as empresas foi feito um extrato parcial da licitação de merenda que ainda está vigente e verificamos que ainda há, na ata de registro de preços, itens que podem suprir a necessidade das unidades de ensino, no sentido de não prejudicar os alunos. No caso específico do Colégio Ministro Marco Maciel, o que está em falta é o item feijão e já estão sendo tomadas medidas para suprir esta demanda. O nosso principal objetivo é assegurar a concorrência em nossas licitações, de maneira que o governo possa sempre se certificar que está comprando pelo melhor preço possível, e permitindo às empresas um ambiente de competição saudável nas licitações públicas, sem deixar de fornecer o material necessário para as escolas, neste caso. Para tanto, a Seplag tem atuado com rigor em processos administrativos para investigar e punir suspeitas de práticas empresariais de suposto "conluio" que podem afetar a capacidade de concorrência entre empresas fornecedoras do governo.” (Sic).
Por Eliene Andrade