Estudantes pedem urgência na reforma da EMEF Gina Franco

Casarão onde a EMEF GIna Franco está funcionando (Foto: Infonet)

Alunos da Escola de Ensino Fundamental (EMEF) Gina Franco, no município de São Cristóvão, permanecem estudando num casarão antigo no Centro da cidade, cuja estrutura está deteriorada e comprometida. Os estudantes, professores e toda direção administrativa de escola foi transferida para o local no início do ano letivo de 2013 para a realização de uma reforma na sede da unidade de ensino. Obra esta que já passou por diversas paralisações e até o momento não foi concluída.

“A obra está parcialmente concluída, mas devido a demora para sua conclusão, já foi depredada e precisa de passar por novas reformas”, diz uma professora da unidade de ensino, que pediu para não ser identificada com medo de represálias. “Também não dá para ficarmos mais aqui nesse casarão. É inviável, pois esse prédio está praticamente condenado. Todos que estamos aqui, professores e alunos, somos heróis. A sensação que tenho é de angústia e desespero. Não vejo a hora de terminar esse ano letivo”, ressalta.

Além da antiga estrutura do casarão estar comprometida, os estudantes ainda enfrentam desconforto com o calor em salas de aula que não têm ventilador. “Minha sala de aula é terrível, além de apertada, é calor demais”, afirma o estudante Jonathas Rodrigues dos Santos. “Os alunos não aguentam o desconforto da escola, que não oferece nenhum atrativo e saem das salas de aula para ir para a praça”, informa outra professora.

Área externa da escola foi tomada pelo mato (Foto: Infonet) Salas de aula não oeferem atrativo para alunos (Foto: Infonet) Cozinha da escola onde é feito o lanche dos alunos (Foto: Infonet) Sede da EMEF Gina Franco que está passando por reforma há três anos (Foto: Infonet)

Uma área nos fundos do casarão, cheia de mato e de carteiras quebradas entulhadas, é o único espaço oferecido aos alunos como área de lazer. “Imagine o ânimo dos meninos num ambiente desses. Além de ficarem em salas de aula enfrentando calor, não têm água para beber e o lanche é precário”, informa uma funcionária da escola que também pediu para não ser identificada.

“A gente não pode reclamar de nada, tem que achar tudo bom porque senão sofre represália. O regime aqui em São Cristóvão é assim, lamentável”, desabafa. A escola, que tinha no início do ano letivo quase 800 alunos matriculados, termina 2015 com cerca de 480 estudantes. A reportagem do Portal Infonet está à disposição do prefeito de São Cristóvão, Jorge Eduardo, para que sejam prestados esclarecimentos quanto à reforma da EMEF Gina Franco. Telefone para contato: 2106-8000.

Por Moema Lopes