Ângela Melo: levantamento da defasagem para discutir com a categoria (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu em 11,36% o reajuste do piso salarial do magistério. Com este índice, o novo piso passa dos R$ 1.917,78 atuais para R$ 2.135,64 a partir deste mês de janeiro. Em Sergipe, os professores de nível superior enfrentam sérios problemas e não serão contemplados, neste primeiro momento, com o reajuste definido pelo MEC.
De acordo com o secretário Sales Neto, de Comunicação Social, o Governo do Estado só contemplará os professores de nível médio neste primeiro momento com o reajuste definido pelo MEC. Conforme o secretário, o reajuste definido pelo MEC só será aplicado na carreira do magistério quando o Governo do Estado conseguir aumentar fluxo de caixa e sair do limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Qualquer melhoria [no salário do funcionalismo] passa pelo fluxo de caixa e o governo está trabalhando fortemente para aumentar a arrecadação, reduzir despesas, para aumentar o fluxo de caixa e atender a demanda do funcionalismo”, ressaltou o secretário.
A informação do Governo do Estado deixou preocupada a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese). De acordo com o sindicato, atualmente a diferença entre o salário dos professores de nível médio para o salário da categoria que possui nível superior apresenta uma diferença de apenas 4%, bem inferior ao patamar do reajuste do piso definido pelo MEC.
Portanto, na ótica dos dirigentes sindicais, aplicando o reajuste apenas para um nível da carreira, a partir de janeiro os professores de nível médio terão um vencimento básico maior que os professores de nível superior. “É algo surreal”, considerou o sindicalista Joel Almeida, diretor de comunicação do Sintese. “Temos que discutir esta questão porque Sergipe ficará um Estado sui generis”, considerou Joel Almeida.
O secretário Sales Neto adverte que o governo ainda não concluiu os estudos sobre o impacto deste reajuste na folha e garantiu que nenhum professor ganhará abaixo do piso nacional.
Ampla defasagem
De acordo com informações da presidente do Sintese, Ângela Maria Melo, as negociações com o Governo do Estado devem passar pela defasagem acumulada desde o exercício de 2012. Conforme a presidente, o Governo do Estado tem débitos pendentes de 22,22% relativo ao ano de 2012, de 13,01% relativos ao exercício de 2015 e agora mais 11,36% pelo reajuste do piso definido para entrar em vigor neste mês de janeiro. “Mais uma vez, o governador Jackson Barreto demonstra que não tem sensibilidade para valorizar o magistério”, enalteceu a presidente do sindicato.
O Sintese está fazendo levantamento das perdas acumuladas para convocar assembleia geral para discutir a questão com a categoria e expedirá ofício ao governador Jackson Barreto para para discutir a questão específica dos professores da rede estadual de ensino.
Por Cássia Santana
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