Técnicos da UFS continuam sem registrar frequência

Servidores continuam sem bater ponto de frequência (Fotos: Portal Infonet)

Durante assembleia realizada nesta segunda-feira, 15, os técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) decidiram permanecer sem bater o ponto até que o registro de frequência seja igualmente exigido para os docentes.

O juiz Edmilson Pimenta da 3ª Vara Federal, por meio de uma ação impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF), acatou o pedido para que a universidade defina pelo estabelecimento de um controle de frequência para os servidores.

De acordo com o diretor de política sindical do Sindicato dos Servidores da UFS (Sintufs), José Atamário Cordeiro, a decisão do MPF, que deveria contemplar todos os servidores, até então só está sendo destinada aos técnicos.

“Fizemos uma discussão na semana passada com a promotora do MPF. Colocamos as diversas falhas possíveis de implementação em uma estrutura como uma universidade, já que aqui temos uma diversidade de fazeres e que isso não pode estar condicionado e atrelado a um sistema de ponto que diga que o servidor tenha que sair daqui 7h da manhã e voltar 7h da noite porque temos atividades extracampo. Temos hoje três campi a mais no interior e tem servidor daqui que tem que se deslocar para prestar serviço nesses campi pela ausência de servidores”, afirma Atamário.

Atamário Cordeiro diz que os servidores tentarão uma reunião com o reitor

Ainda segundo Atamário, além dos servidores, a própria reitoria está de mãos atadas quanto a decisão. “A reitoria coloca que, assim como a gente, estão algemados porque estão sobre a determinação da lei. O MPF impetrou a ação, a justiça federal acatou e determinou que a universidade opere o sistema. Ao que tudo indica, ele já deveria estar valendo, só que na discussão política, a gente rejeitou o sistema por entender que não deveria está começando se o sistema não tivesse pronto, ele não era um sistema isonômico, pra todo mundo, ou seja, professores por lei não precisam, mas a eficiência da universidade não perpassa somente pelos técnicos administrativos ”, defende.

Na oportunidade, os servidores solicitaram uma reunião com a reitoria da UFS com o objetivo de incluir a participação dos servidores na discussão inerente à normatização do ponto eletrônico.

Por Aisla Vasconcelos