Professores e prefeitura permanecem no impasse

Professores em ato na quarta-feira (Foto: Arquivo Portal Infonet

No segundo dia de paralisação dos professores do município de São Cristóvão, o diálogo com a Prefeitura não avançou e situação do reajuste salarial segue indefinida. As partes não entram em acordo e trocam acusações por dificuldade nas negociações.

Os professores informam que a Prefeitura sinalizou positivamente para conceder os 13,01% de reajuste salarial para o ano, mas condicionou o reajuste, como explica o professor e representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) no município, Arilúcio Santana. “Em 2015, a prefeitura resolveu dar o aumento, porém com uma condicionante: só dará reajuste aos professores, se os mesmos retirarem os processos que correm na Justiça contra a administração do município”.

Em nota divulgada aos professores e imprensa, a Prefeitura do município rebate, “não é correta a afirmação de que a Prefeitura exigiu o arquivamento das Ações Judiciais em andamento como condicionante para a validade da proposta. Na realidade, foi sugerida a homologação do acordo em juízo apenas na Ação Civil Pública nº 201383000399 e incidentes (demanda que trata da remuneração fixada em janeiro de 2013), por ser este o objeto das pautas nas reuniões entre as partes e para afastar a possibilidade de contradição entre o acordo e o resultado da demanda”.

Sindicalistas pararam por dois dias

A professora Osair dos Santos, integrante da comissão sindical, revela que os professores não estão recuando, e que a nota emitida é uma afronta aos sindicalistas. “Estamos querendo o diálogo e não conseguimos. Os canais de negociações foram fechados”, relata Osair.

O secretário de Educação do município, Mario Jorge, enfatizou que a nota emitida pela Prefeita já sinaliza o anseio por um acordo, e que os professores não procuram o setor para diálogo.

Na nota divulgada, a Prefeitura diz ter proposto “um reajuste imediato de 13,01%, acrescido de 2% já como início do plano de recuperação do piso salarial, ambos retroativos a janeiro de 2015 (totalizando 15,01% em janeiro de 2015)”.

A nota ainda retruca as afirmações dos sindicalistas. “Em momento algum a Prefeitura ‘fechou’ os canais de negociação. Na verdade, foram os representantes do Sindicato que se mantiveram irredutíveis em relação à proposta que fora apresentada. Nesta última reunião, a Prefeitura apresentou uma proposta mais vantajosa do que a que fora apresentada em momento anterior, seguindo exatamente uma sugestão formulada pelo sindicato, qual seja, assegurar um percentual mínimo de recuperação do piso salarial a cada ano”.

Professor Arilúcio Santana, representante do Sintese no município

Plano Municipal de Educação

Mesmo diante da indefinição e falta de acordo entre as partes, nessa sexta-feira, 8, o Conselho Municipal de Educação de São Cristóvão vai se reunir para discutir o Plano Municipal de Educação. Um representante de cada setor do município estará presente, além da presença de Arilúcio Santana, do Sintese.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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