UFS: calendário acadêmico não será suspenso na greve

O próximo semestre letivo só será iniciado após a retomada das aulas e o encerramento do período em curso (Foto: arquivo Portal Infonet)

Os membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) decidiram, por maioria, que o calendário acadêmico da Universidade Federal de Sergipe (UFS) não será suspenso durante o período de greve dos docentes da educação pública federal. A proposta foi votada na manhã de hoje, 17, depois de um amplo debate do qual participaram estudantes, conselheiros e representantes do Comando Local de Greve (CLG) dos docentes da UFS. Foram 26 votos contra a suspensão e quatro votos a favor.

Incluída na pauta do Conepe depois de reunião entre o reitor Angelo Antoniolli e o CLG ocorrida na última sexta-feira, 10, a reivindicação do Comando era a de que o calendário fosse suspenso enquanto perdurasse a greve dos docentes. Este pedido, posto em discussão, foi considerado, pela maioria, como inviável.

Algumas das consequências apontadas pelos conselheiros contrários à proposta foram: a descontinuidade do pagamento das bolsas dos programas de assistência estudantil; os impactos sobre os estudantes que fazem parte de programas de mobilidade acadêmica, que devem atender a prazos rígidos e estipulados por convênios com instituições diversas; a necessidade de reformulação dos períodos de matrículas e datas de processos seletivos; a autonomia dos docentes com relação à adesão ou não ao movimento grevista.

A eventual suspensão do período letivo seria preocupante também na pós-graduação, haja vista que as bolsas ofertadas por instituições de fomento à pesquisa, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), possuem prazo de vigência de até 24 meses corridos, sem possibilidade de prorrogação. Além disso, uma das métricas de avaliação dos programas de pós-graduação é o tempo de permanência dos estudantes nas instituições, contado desde a matrícula até a defesa dos projetos propostos. Interromper as atividades letivas teria como consequência, portanto, a provável diminuição dos conceitos dos programas.

Como alternativa, e considerando o cenário nacional em que a educação superior tem sofrido severos cortes de verbas, os conselheiros deliberaram que seja elaborada uma moção de apoio ao movimento de greve. Resolveram também que o próximo semestre letivo só será iniciado após a retomada das aulas e o encerramento do período em curso, com reorganização das atividades programadas. A intenção é evitar que os estudantes sejam ainda mais prejudicados por conta da paralisação. Porém, se mesmo assim os discentes tiverem prejuízos acadêmicos, eles poderão formalizar reclamação, a qual será analisada pelo próprio Conepe, órgão normativo, deliberativo e consultivo superior da Universidade em matéria de ensino, pesquisa e extensão.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Reitoria

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