Greve na Universidade Federal prejudica comércio local

Estabelecimentos contabilizam prejuízos e outros estão à venda (Foto: Portal Infonet)

A greve dos servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que começou há mais de três meses, está refletindo no comércio local. Os estabelecimentos que dependem unicamente do público da universidade, contabiliza prejuízos. Alguns comércios chegaram a fechar as portas.

Restaurantes e papelarias são os mais afetados. A gerente de um dos restaurantes, Nelma Oliveira, conta que normalmente são servidas mais de 200 refeições, mas com a greve apenas 80 são vendidas. “A gente depende exclusivamente dos alunos e dos servidores da universidade, mas com a greve fica difícil manter funcionários e o estabelecimento aberto”, lamenta.

Jairo Santana Costa é proprietário de uma papelaria, onde a fonte principal de renda são as xerox e encadernação. Sem alunos e professores, a máquina, comprada com muito custo, está parada. “Eu tive que vender uma moto e peguei empréstimo para manter o estabelecimento aberto. Se a greve continuar, eu e outros comerciantes teremos que fechar as portas”, teme.

Jairo Costa "Se conitnuar assim teremos que fechar as portas" Prateleiras vazias  Lojistas têm prejuízo com a greve

A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) ver com preocupação a situação dos lojistas. “Os comerciantes dali dependem do fluxo da universidade. No período de férias o movimento cai, mas já esperado pelos comerciantes. A gente ver com preocupação, porque a com a crise os lojistas ficam prejudicados. Agora é torcer para que a greve termine logo”, diz o gerente operacional da CDL Aracaju/São Cristóvão, Gileno Santana.

Greve

Os servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) completam mais de 100 dias de paralisação das atividades. A categoria reivindica entre outros pontos, a reposição das perdas inflacionárias em torno de 27,3%. Os professores também continuam em greve.

Por Eliene Andrade