Alunos do Dom Luciano protestam contra ensino integral

Alunos se juntam com professores em protesto (Fotos: Portal Infonet)

Estudantes do Colégio Dom Luciano, da rede estadual de ensino, realizaram mais uma manifestação na manhã desta terça-feira, 14, no bairro São José. Alunos e professores realizaram uma passeata para dizer não à proposta do Governo do Estado que pretende instituir o turno integral para o ensino médio na rede pública.

“Somos a favor que não seja integral, tem gente que trabalha e não tem condições de ficar na escola o dia todo, além do mais a escola não tem condição de manter o ensino integral”, relata a estudante Mariana Santos Tavares, 16, matriculada no primeiro ano do ensino médio ofertado por aquele colégio. “Mal tem lanche pela manhã, imagine para o dia todo”, complementa o estudante Matheus Rodrigues Marinho, 18, também no primeiro ano do ensino médio.

A estudante Rafaela Araújo Santos, 17, garante que a estrutura física da escola também compromete o turno integral. “Não tem nem papel higiênico, o banheiro é uma decadência”, relata.

A professora Maria Antonia Nascimento Rodrigues informou que a manifestação é um ato integrado envolvendo estudantes e todo o corpo docente daquele colégio para protestar contra a falta de estrutura da escola para acolher os alunos em tempo integral. “A escola não oferece condições para abrigar o aluno o dia todo: tem que ter mais banheiros, porque não estão funcionando, a biblioteca é insuficiente, não tem refeitório nem área para descanso”, comenta a professora. “A estrutura física não tem a menor condição para abrigar o ensino médio integral”, ressaltou.

Nota

Maria Antonia: mais banheiros e mais biblioteca

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) se manifestou por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa à redação do Portal Infonet. Na nota, a Seed esclarece que as escolas que adotarem o modelo de Ensino Médio em Tempo Integral receberão investimentos destinados à infraestrutura. “Dessa maneira, as unidades escolares contarão com repasses de recursos do Governo Federal que serão aplicados na melhoria das instalações físicas, como construção de quadras poliesportivas e refeitórios, nos estabelecimentos que ainda não oferecem esses espaços”, destaca a nota.

Conforme a nota, serão investidos R$ 457 milhões nos próximos dez anos, que serão aplicados na melhoria da infraestrutura das escolas que aderirem ao projeto. “Os refeitórios e as cozinhas das escolas serão adequados para atender à nova demanda. As unidades escolares receberão recursos para as cinco refeições diárias. Além disso, as escolas terão o reforço orçamentário para a merenda escolar”, diz a nota. 

Conforme a Seed, três colégios públicos já ofertam o ensino médio em tempo integral na Rede Estadual de Ensino: o Atheneu Sergipense, Vitória de Santa Maria e Ministro Marco Maciel. A Seed garante que estas escolas apresentam os melhores índices de permanência do estudante e que os professores trabalham com dedicação exclusiva. “Consequentemente, os alunos lá matriculados apresentam os melhores rendimentos”, enfatiza a nota.

Cartazes representam indignação à falta de estrutura

A Seed informa que a implantação do modelo será feita de forma gradativa e planejada, com o propósito de cumprir as determinações das metas estabelecidas pela legislação brasileira, representadas pelos Planos Nacional e Estadual de Educação.

Por Cássia Santana

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