Tem Passarada no arraial da Vila

PORTAL INFONET – João da Passarada já tem a cara de Sergipe, mas você não é sergipano, não é mesmo?

JOÃO DA PASSARADA – Eu nasci em São Paulo, me criei em Alagoas e estou em Sergipe há mais de 20 anos. Considero-me sergipano, porque trabalho aqui, o povo me acolheu, gosta do que a gente faz, que é um autêntico forró pé-de-serra. Sou sergipano, sim, senhor, de coração.

INFONET – De onde surgiu “Passarada”?

JP – Da banda “Passarada do Ritmo”, que está comigo há mais de 20 anos. Comecei com meu pai e meus irmãos. Estou com eles até hoje. De lá pra cá, só acrescentei alguns participantes. Com o tempo, as pessoas começaram a se referir a mim como o João da Passarada.

INFONET – São 20 anos de estrada. Qual a maior emoção que você traz na bagagem?

JP – Sem dúvida, a primeira missa depois da morte de Luiz Gonzaga na casa de shows Gonzagão, no Augusto Franco. Eu estava muito nervoso, porque já me consideravam um grande artista e eu me sentia ainda um “zé ninguém”. Quando eu me vi diante de todas aquelas pessoas, todos os artistas reunidos ali, olhei no olho do povo, aí faltou a voz. Respirei fundo e declamei a música “Riacho do Navio”.

INFONET – Que outros vôos João e a Passarada pretendem alçar?

JP – Em agosto, sigo para São Paulo e começo a trabalhar o meu segundo CD. O primeiro, “Forró bom é assim”, já tem três anos. Com este novo projeto, pretendo divulgar meu trabalho não só a nível de Nordeste, mas em todo Brasil.

Por Silvia Lemos