Genival Lacerda: sinônimo de alegria e irreverência

Com seu gingado caracteristico Genival fez o público rir
A irreverência e a alegria contagiante no palco tem sido uma das marcas presentes nos 55 anos de carreira do cantor e compositor Genival Lacerda, 74, um paraibano arretado que nasceu na Rua Manoel Ferreira Leite, no Centro de Campina Grande (PB).  Hoje, ele abriu os shows no palco Luiz Gonzaga e como não poderia deixar de ser, além de fazer a multidão não parar de dançar, entre uma música e outra, fez o público rir com suas brincadeiras. “Fernandinho eu quero minha camisa”, disse Genival, fazendo referência a Fernando Montalvão. “Enquanto existir Déda e Fernandinho vou continuar vindo à Aracaju”.

Genival tem uma marca invejável. São 49 LPs – disco em vinil –, dez em 78 rotações, 35 compactos simples, 40 duplos e 25 CDs. “Comecei a cantar ontem, em 1940. Em setembro devo entrar em estúdio para gravar mais um CD”. Dentre uma gama de sucessos que já gravou estão Severina Xique-Xique, Radinho de Pilha, Mate o Véio, Fio Dental, Vou de Golzinho, Caldinho de Mocotó. “Estou pensando em fazer um DVD sobre a história de Genival Lacerda, mas vai ser um trabalho diferente”.

Ele adianta que o DVD terá trechos de shows realizados em Aracaju, Campina Grande, Petrolina. Depois uma coletânea de participações dele em programas de auditório como Chacrinha, Sílvio Santos, Gilberto Barros, dentre outros. “Tenho 74 anos e faço duas horas de muito forró. Hoje, faço uma hora e meia, porque 30 minutos é do Forrozão Xique-Xique”.

Ao fazer referência ao Forró Caju, Genival afirmou que a festa está dando o que falar. “O forró está se expandindo e nos outros lugares ficando no mesmo canto. Este é o quinto ano de Forró Caju”. Ele lembrou que está no filme Foliar Brasil, que tem uma das tomadas em Sergipe. Genival faz o papel do coronel João, pai da protagonista.

Genival e e Carolina Paiva, diretora do filme Foliar Brasil, no qual ele faz o papel do noivo
ESCALADA – Genival Lacerda começou a carreira na sua terra natal, Campina Grande (PB), conhecida como Rainha da Borborema. Lá, passou quatro anos cantando. Em 1954, foi para o Recife (PE), um ano depois gravou o seu primeiro 78 rotações, sendo divulgado no mercado em 1956, com as músicas Coco de 56 e Dance o Xaxado. Em 1971, compôs a música Seu Reverendo, mas não foi aprovada pela gravadora. Depois rumou para o Rio de Janeiro onde passou dez anos cantando e gravando.

Daí por diante, Genival Lacerda estourou nas paradas de sucesso, prova disso, foi a música Severina Xique-Xique, no ano de 1975. Já em 1979, caiu no gosto do povo, Radinho de Pilha, fenômeno que vendeu 500 mil cópias em todo Brasil, no ano de 1982, foi a vez da música Mate o Véio Mate estourar nas paradas. Em 83, Quem Dera liderou a audiência nas AMs e FMs, em 85 Caldinho de Mocotó, em 87 a canção Fio Denta e Galeguim do Zói Azul. Em 95 foi a vez do Rock do Jegue e em 2000 lançou o CD ao vivo, comemorando os 50 anos de sucessos.

Por Ailton Sousa

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