O Brasil tem o melhor jogador de futebol para paralisados cerebrais-PC; foi bronze em Sydney; é o melhor das Américas; e o segundo do mundo.

“Agora a gente só tem que trabalhar para ganhar o ouro em Atenas. Ele está nos esperando. Iremos consertar nossas falhas” afirmou o técnico da seleção brasileira, Paulo Cruz. O futebol brasileiro está acostumado com o ouro, com muita estrutura e muito dinheiro. Esse não é o caso da seleção brasileira que jogou a final do Mundial de Futebol para Paralisados Cerebrais, na noite passada (22-10), em Buenos Aires, Argentina, sede da competição. Essa seleção é nova, não recebe muito para treinar, ficou conhecida em Sydney por ganhar o bronze e já está classificada para os Jogos Paraolímpicos de 2004. Os meninos do Brasil têm tudo a ver com pentacampeões como Ronaldinho e Cafu. Luciano Rocha, por exemplo, foi o artilheiro deste mundial, somando 13 gols, e o capitão da equipe, Leandro Marinho, foi considerado o melhor jogador do mundo. Segundo Cruz, as três melhores equipes do mundo – Ucrânia, Brasil e Rússia – têm um nível técnico muito grande. “Agora é hora de dar continuidade ao trabalho físico. Foi isso que fez a diferença no jogo de ontem”. O Brasil perdeu a final de 3×1 para Ucrânia, no Centro de Treinamento Boca Juniors. “A Ucrânia utilizou uma de suas fortes armas – o contra ataque, falhamos em duas bolas e eles fizeram os gols. O primeiro tempo terminou em 3×0. Quando voltamos para o segundo período tentamos buscar o equilíbrio. Conseguimos fazer um gol e não deixar que eles marcassem mais”, justifica Paulo. O Futebol PC segue as mesmas regras da Fifa, com certas alterações. Por exemplo, a inexistência do impedimento, o arremesso lateral, que pode ser feito rolando a bola como no boliche. Cada equipe tem sete jogadores, todos com paralisia cerebral. Joga-se em dois tempos de 25 minutos, em campo de 75 metros por 55 metros, gramado. Os resultados dos jogos deste mundial confirmam que o caminho desta seleção brasileira é bem parecido com o da equipe pentacampeã do Brasil. Dos oito jogos que fizeram os brasileiros tiveram 42 gols a favor e 6 contra, terminando com um saldo de 36 gols. A Rússia venceu a equipe da Argentina por 2×1 e ficou com o terceiro lugar. A equipe está sob a responsabilidade da Associação Nacional de Desporto para Deficientes-ANDE e tem o patrocínio do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Resultados: Brasil e Austrália – 10 x 1; Brasil e Holanda – 2 x 0; Brasil e Coréia do Norte – 15×0; Brasil e Irlanda – 6×1; Brasil e Rússia – 1 x 1; Brasil e Argentina – 8×0; Brasil x Ucrânia – 1×3. Países Participantes: Argentina, Inglaterra, Estados Unidos, Ucrânia, Portugal, Rússia, Brasil, Irlanda, Austrália, Holanda e Coréia do Sul. Atletas: Adriano da Costa, Fabiano Bruzzi, Fábio Ferreira, José Carlos Guimarães, Leandro Marinho, Luciano Rocha, Luciano Lanzarini, Marcos Ferreira, Marcos William Silva, Moisés Silva, Peterson Rosa, Renato Lima. Delegação Brasileira: Chefe da delegação (Professor Ivaldo Brandão Vieira); presidente Coordenador de Futebol (Professor Ubiratan Fonseca de Andrade); Técnico (Paulo Fernando Rodrigues da Cruz); Médico (Dr. Agnaldo Bertucci; Fisioterapeuta); Márcia Cristina Moura Fernandes; Preparador Físico (Marcel Henriques Maciel). CPB: O Comitê é o órgão máximo do esporte paraolímpico brasileiro e o representante do nosso País junto ao International Paralympic Committe-IPC. O CPB é responsável pela organização, fomento e participação da delegação brasileira nas Paraolimpíadas, nos Jogos Parapanamericanos e nos Campeonatos Mundiais da Modalidade.

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