Campinas, SP, 27 (AFI) – A defesa do Guarani tornou-se o grande pesadelo do técnico Luiz Carlos Ferreira na fase semifinal do Campeonato Brasileiro da Série B. Nas duas partidas realizadas o time perdeu ambas e sofreu cinco gols: Portuguesa (1 a 0 em São Paulo) e Náutico (4 a 1 em Campinas, tropeços que o deixaram na última colocação do Grupo B, com média de 2,5 por partida. Na primeira fase foram 23 gols sofrigos em 21 jogos, uma média de 1,09 por jogo.
Os desfalques no setor são o principal motivo da queda de rendimento da equipe. O primeiro a sair foi Andrei, com uma contusão muscular na coxa direita. Ele desfalcou o Bugre nas duas últimas rodadas e poderá continuar de fora. A segunda perda foi a de João Leonardo que, além de contundir-se na panturrilha quando substituía Andrei na partida contra a Lusa, transferiu-se para o Atlético Paranaense e não joga mais nesta Série B.
No jogo contra o Marília, na próxima sexta-feira no Estádio Brinco de Ouro, o treinador poderá montar a zaga bugrina com uma formação inédita: César e Umberto. O zagueiro Paulão, de 20 anos, que jogou contra o Náutico, voltará para a reserva. A medida visa preservar a jovem revelação do clube, que não teve bom desempenho na partida. A esperança nele para o futuro é grande, tanto que na véspera daquela partida seu contrato foi renovado por quatro anos.
No treino desta terça-feira, Ferreira testou a dupla com o zagueiro César, que já vinha sendo titular, e volante Umberto, improvisado na posição. A adaptação dele, contudo, não é feita sem parâmetros pelo treinador. Foi ele o substituto de João Leonardo contra a Portuguesa e o jogador já havia jogado como zagueiro quando esteve no Paulista, de Jundiaí, quando Ferreira era seu treinador. Além disso, ambos jogaram juntos no Marília no primeiro semestre deste ano, ainda que em suas posições originais.
Por enquanto, a única confirmação no time titular é a volta dos três atacantes e do esquema 4-4-3. Jonas, Wágner e Edmílson voltarão a jogar juntos em uma combinação que deu certo, principalmente nos jogos em casa. Contra o Náutico Wágner ficou na reservas e a torcida reclamou muito, tanto que com o placar desfavorável de 2 a 0, logo no início, Wágner acabou entrando na partida.
Contrato problemático
Outro problema para definir a defesa no seguimento do campeonato é o contrato de Andrei, que termina no próximo dia 10 de outubro. O jogador, de 32 anos, chegou no Bugre com o campeonato em andamento e encaixou-se muito bem no esquema de jogo, sendo um dos responsáveis pela ascensão. Ele mostrou interesse em renovar com o clube mas admitiu que precisa de alguma estabilidade para permanecer.
“Minha intenção é renovar até o final de 2006. Isto me daria mais segurança mas estamos conversando para chegar a um ponto bom para o Guarani e para mim”, disse.
O atleta já iniciou as negociações com o gerente de futebol do Guarani, Eli Carlos, que admite duas possibilidades. Uma de renovar o contrato até o fim desta Série B e outra até o a próximo ano. Andrei, contudo, prefere a segunda opção.
(Agência Futebol Interior)