Luciano Vieira: “quero dar ênfase aos meus atletas”

Luciano Vieira (foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Depois de quase duas décadas à frente da Federação Sergipana de Jiu-Jitsu (FSJJ), o faixa-preta 4º grau Luciano Vieira resolveu dar um tempo. A partir de 2014, ele entregará a entidade a outra gestão e se dedicará à arte suave de outra forma: como líder de sua equipe, a De La Riva, e técnico de seu filho Yuri Vinícius, que já beira a categoria juvenil no esporte.

Organizador de incontáveis campeonatos e dono de inúmeros títulos, Vieira assumiu o ônus de estar à frente de uma federação que se separou de outra: nunca foi uma unanimidade, e assim como agregou muita gente a seu lado, sofreu pesadas críticas desde o começo. Mesmo assim, o professor comemora o crescimento da arte suave no estado. E em entrevista ao Portal Infonet, aponta a parcela de responsabilidade da federação nesse crescimento, fala em reunificação de federações e comenta sobre sua saída. Acompanhe.

Portal Infonet – Por que sair da presidência da FSJJ?
Luciano Vieira – Primeiro, pelo stress do dia a dia. Segundo, pelas picuinhas entre as equipes. E finalmente porque quero dar ênfase aos meus atletas e ao meu filho Yuri Vinicius, que já tem 14 anos e está começando a competir tanto em cenário local quanto no nacional. E também acho que já existe um pessoal trabalhando sério pelo jiu-jitsu do estado. É claro que estarei envolvido na organização de campeonatos, afinal nunca podemos abandonar nossas crias (risos). Mas digamos que estou tirando férias da federação por tempo indeterminado.

Portal Infonet – De que picuinhas entre equipes o senhor está falando?
Luciano Vieira – Equipes que evitam se inscrever em campeonatos porque o professor Fulano tem algum problema com a federação, ou por questões de ego. Essa última etapa do campeonato sergipano, por exemplo, poderia ter sido recorde de participação de atletas. Só não teve mais porque algumas equipes não quiseram participar. Outros questionam a premiação, querem prêmios em dinheiro. Mas fazemos o evento com o que temos. Está faltando mais união.

Portal Infonet – O professor Jairo Moura, faixa-coral que é presidente de honra da outra federação de jiu-jitsu, também fala muito em falta de união. Então o que exatamente provocou a divisão de federações em Sergipe?
Luciano Vieira – Tenho grande respeito pelo mestre Jairo Moura tanto como professor quanto como ser humano, mas ele teve sua época. O grupo do qual eu fazia parte estava descontente e sugeriu outra federação. E é justamente por achar que tudo tem sua época que estou passando a federação pra frente. Parece que ele também passou a outra federação para um grupo, que eu sinceramente não sei se é o mais indicado. Mas sou a favor da união do jiu-jitsu sergipano em torno de uma federação só. Ninguém precisa de duas, três ou quatro federações.

Portal Infonet – Apesar do racha, o jiu-jitsu em Sergipe está a contento?
Luciano Vieira – Temos atletas de ponta em nível nacional e internacional. E as academias estão cheias também por causa do trabalho da FSJJ. Temos eventos com 350 atletas, instituímos categorias absoluto e semi-absoluto, demos chance para o pessoal se destacar.

Por Igor Matheus

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