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Vera Lúcia se recupera em casa (Fotos: Eliene Andrade/Portal Infonet) |
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) investiga a possibilidade de envolvimento de integrantes de torcidas organizadas na confusão ocorrida na tarde do domingo, 20, dentro do Terminal de Integração do Centro de Aracaju. Um homem disparou tiros e acabou atingindo três pessoas que aguardavam os transportes coletivos naquele terminal.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da SSP, as investigações terão prosseguimento sob o comando da equipe da 2ª Delegacia Metropolitana, que ainda aguarda a liberação das informações registradas na Delegacia Plantonista. Mas, conforme a assessoria, já chegaram informações extraoficiais sobre desentendimentos entre integrantes de torcidas organizadas que seguiam em um coletivo oriundo da Praia de Atalaia.
Cogitou-se nesta segunda-feira, 21, a participação de um policial militar neste episódio. Mas o tenente-coronel Paulo César Paiva, responsável pela comunicação social da PM, descartou tal possibilidade, informando que efetivamente a confusão se restringia a componentes de torcidas organizadas que se encontravam no terminal. Segundo o tenente-coronel, as investigações preliminares indicam que os desentendimentos entre os torcedores começaram ainda dentro de um coletivo que vinha da Praia de Atalaia.
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Vera Lúcia exibe as marcas que um projétil deixou na bermuda do filho |
Até o momento, as informações dão conta que apenas uma pessoa do sexo masculino fez os disparos. Ficaram feridos, os usuários do sistema de transporte coletivo Vera Lúcia Correia, de 53 anos, Yuri Matos da Silva e Gustavo Batista. A mulher foi atingida na perna, Yuri foi baleado no pé e Gustavo no braço. Mas, após o episódio, ocorreu uma surpresa: Vera Lúcia observou, muito tempo após, que um dos projéteis atingiu, de raspão, a bermuda que o filho dela usava.
Nesta segunda-feira, 21, Vera Lúcia recebeu uma equipe do Portal Infonet em casa e confirmou que, no momento da confusão, ela tentou proteger o filho, assim que percebeu que o atirador apontava a arma na direção dela e do filho. Mas, só depois de toda a agonia é que ela percebeu as marcas deixadas por um dos projéteis na bermuda do filho.
Vera Lúcia recebeu atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no local da ocorrência e foi encaminhada para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde passou por avaliação médica e, na noite do domingo, 20, recebeu alta médica. Ela passa bem e diz que, além da dor física, sente revolta pelo clima de insegurança que se instala que sofre muito “só em pensar que poderia, neste momento, estar sem a companhia do filho”, que quase foi atingido por bala perdida no terminal. Ela faz apelo para que a SSP intensifique a segurança na cidade e, em especial nos terminais, para evitar episódios desta natureza.
Por Cássia Santana