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Atlântico venceu pelo critério de melhor campanha (fotos: Zerosa Filho/ CBFS) |
Do céu ao inferno em quatro segundos. Só assim se resume de forma adequada o que aconteceu ao Moita Bonita na finalíssima da Superliga de Futsal neste domingo, 15. Diante de um Ginásio Constâncio Vieira quase lotado, o time sergipano enfrentou os gaúchos do Atlântico na partida mais importante de sua história, conseguiu ficar na frente do placar a 7 segundos do fim da prorrogação, mas foi atropelado pelo quase improvável: após um polêmico lateral a três segundos do fim, o time adversário empatou o duelo em 7 a 7 e, beneficiado pelo regulamento, foi campeão pelo critério de melhor campanha.
A perplexidade da torcida, que já estava de pé no ginásio para ovacionar o título inédito dos sergipanos, só não foi maior que a desolação dos jogadores e da comissão técnica. “A sensação é de frustração total. Estávamos com o título na mão, e agora a gente não sabe quando vai ter a oportunidade de disputar um título de Superliga novamente”, disse Fabinho, jogador do Moita. Apesar da decepção com a perda repentina do título, Wilson Mendonça, técnico da equipe sergipana, exaltou os jogadores. “O time surpreendeu muita gente. É uma equipe de guerreiros”.
Na posse do troféu mais desejado da competição, Adão Guimarães, técnico do Atlântico, reconheceu a qualidade técnica do Moita Bonita. “É uma equipe que está buscando seu espaço no cenário nacional e já mostrou que faz um trabalho muito sério, brigando de igual para igual com grandes equipes nacionais”, destacou. O treinador também exaltou o título conquistado pela equipe gaúcha. “Foi nosso terceiro título nacional só este ano e isto em um jogo disputado até o último segundo, o que só engrandece o futsal brasileiro”.
Tempo normal
Mesmo dentro de um intimidante caldeirão de “moitenses”, o time do Atlântico não se fez de rogado e abriu o placar com Keké, que recebeu cruzamento e desviou de letra para as redes: 1 a 0. Pouco depois, o time gaúcho aumentou. Após cruzamento, Bebeto tentou tirar de carrinho, mas se atrapalhou e acabou empurrando a bola para dentro das redes do Moita: 2 a 0.
A torcida já estava começando a murchar quando Rafael, do Atlântico, aumentou o desespero do time sergipano. Depois de receber da esquerda, o jogador chutou meio sem jeito, mas ainda assim conseguiu o gol: 3 a 0. Para piorar o péssimo começo de jogo dos donos da casa, Camargo chutou em cima de Rogério, que bateu roupa e permitiu o rebote. Na sequência, o próprio Camargo não desperdiçou e tocou rasteiro por baixo do arqueiro: Atlântico 4 a 0.
Mas bastou o Moita abrir o placar para que a história começasse a ser reescrita no Constâncio Vieira. Depois de receber da direita, Hiltinho fez toque sutil e cobriu o goleiro Gaúcho: 4 a 1. Pouco depois, Hiltinho cruza e Bebeto surge no segundo pau para conferir de cabeça: 4 a 2. O Atlântico ainda conseguiu reagir com Keké, que chutou de fora da área e ampliou o placar em 5 a 2. Mas Pita, em cobrança de falta, marcou o terceiro quase em seguida: 5 a 3.
Se o começo do primeiro tempo foi o período de apagão completo do Moita, o começo do segundo decretou o desaparecimento do Atlântico. Empurrado pela torcida, que havia acordado de vez, o Moita foi pra cima e chegou ao quarto gol com Bebeto, após belo chute de primeira, e empatou com Cris, de fora da área: 5 a 5. Com o resultado, a partida foi para a prorrogação.
Prorrogação
Com a melhor campanha entre os finalistas, o Atlântico jogava pelo empate. Entretanto, a reação do Moita mostrou que a igualdade não era nada confortável, e o time gaúcho não quis saber de conversa. Lá pelas tantas, Rafael catou a bola na lateral esquerda e chutou de bico direto para as redes: 6 a 5. No começo do segundo tempo da prorrogação, entretanto, o árbitro marcou pênalti para o Moita. Neto Negão bateu rasteiro e empatou tudo de novo: 6 a 6.
A partir de então, o jogo foi para o tudo ou nada: pelo tempo apertado, se houvesse algum outro gol na partida, seria o do título. Ciente disso, o Moita Bonita apertou e conseguiu o que queria. A sete segundos do fim, Pita desviou de cabeça um cruzamento da direita e colocou o Moita novamente na frente: 7 a 6.
A torcida já estava pronta para comemorar o título quando a arbitragem decretou um polêmico lateral para o Atlântico. Para os jogadores do Moita, a bola não havia desviado em nenhum jogador do time. Sem muito tempo para discutir, o Atlântico cobrou rápido e o inacreditável aconteceu: Keké chutou rasteiro e empatou o jogo no último lance do campeonato. Resultado final: 7 a 7- com direito a expulsão do goleiro reserva do Moita, Adalto, por reclamação.
Por Igor Matheus
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