(Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet) |
2015 foi um ano de altas apostas para o futebol sergipano. Pela primeira vez em vários anos, um time local estava na Série C do campeonato brasileiro. Pela primeira vez em vários anos, a torcida pôde acompanhar dois times em duas divisões nacionais. E a esperança de acesso foi real para todos os lados. No fim das contas, não deu pra ninguém. Mas as expectativas para 2016 parecem ainda maiores. Enquanto o ano que vem não chega, passemos a limpo o que aconteceu nos gramados sergipanos em 2015.
O estadual já havia começado. Mas pouco depois a torcida foi presenteada com o retorno do mais importante patrimônio do futebol sergipano: o estádio Lourival Baptista. Fechado por dois anos para reforma, o Batistão foi finalmente reaberto e ainda serviu de palco para a primeira vitória do Confiança na Copa do Nordeste – competição na qual os times sergipanos não duraram muito: tanto Confiança quanto Socorrense se despediram na primeira fase. A Copa do Brasil também não foi lá muito feliz para os times locais. O Amadense caiu logo diante do primeiro adversário, o CRB. Já o Confiança foi eliminado pelo Ceará em Fortaleza.
Confiança: bicampeão estadual |
O campeonato estadual, por sua vez, terminou em azul e branco de novo. Mas antes do desfecho, as torcidas acompanharam o imbróglio do Boquinhense, que brigou na justiça para participar – e venceu. Nos dois únicos clássicos entre o Dragão e o Colorado – ambos no palco que é digno do jogo, o Batistão -, dois empates: o primeiro por 1 a 1 e o segundo, ainda mais eletrizante, por 2 a 2 . Mesmo assim, o Sergipe teve um fim melancólico no torneio: com campanha de time pequeno, ficou de fora do quadrangular final. Sem o maior rival no caminho, o Confiança enfrentou o Estanciano e papou o caneco sem dificuldades.
Série C
E então veio a competição mais aguardada do ano para proletários – e para os amantes do futebol em Sergipe: a série C do campeonato brasileiro. E o Confiança, único representante do estado na terceira divisão, começou muito mal. Estreou com empate
e frequentou a vice-lanterna, posição que despertou a desconfiança de todos. Aos poucos, porém, o time foi se erguendo. Em rompantes de competência, bateu o líder Fortaleza no Batistão, surrou o Vila Nova em pleno Serra Dourada e conseguiu se classificar com um empate dramático diante do Salgueiro .
Dragão contra o Londrina: eliminado nas oitavas |
No meio do caminho, o Dragão teve de se despedir de um de seus maiores ídolos recentes: o goleiro Éverson. E na hora de confrontar o jogo que poderia dar-lhe o acesso à Série B, o Dragão não alçou voo: contra o Londrina, um empate em 0 a 0 no Batistão e uma derrota por 1 a 0 fora de casa adiaram os planos da série B para 2016.
O Estanciano também teve trajetória intensa na Série D. Começou com derrota, mas conseguiu vitórias importantes, brigou para voltar a jogar no estádio Francão – e conseguiu –, e se classificou. Diante do River-PI, entretanto, o time não conseguiu passar de fase: venceu a primeira partida, mas foi goleado na segunda e eliminado. Da segunda divisão do estadual, que quase teve participação de ninguém menos que Tulio Maravilha – mas, como era de se esperar, ficou no quase – , subiram Guarany de Porto da Folha e Dorense – e o time de Nossa Senhora das Dores consagrou-se campeão estadual.
Milton Dantas, último à direita: na presidência da FSF |
Fora de campo
2015 também foi tempo de agitação longe dos gramados. Primeiro, com o anúncio das eleições da Federação Sergipana de Futebol sem a participação de José Carivaldo, na entidade há 25 anos. Em seguida, com a eleição de Milton Dantas como presidente a partir de 2016. Depois, foi a vez do Sergipe apresentar seu técnico para o Sergipão do ano que vem – o alagoano Roberval Davino – e pouco depois, boa parte do elenco. O Confiança não ficou por baixo, e também apresentou seu plantel em dezembro. E por fim, a Federação discutiu e apresentou uma proposta de disputa do campeonato muito diversa da que aconteceu em 2015 – tudo para fazer com que a briga pelo título seja ainda mais equilibrada no ano que vem. E entre as perdas, a que mais se fez notar foi a morte de Antônio Soares da Mota, o Motinha, ex-presidente do Sergipe.
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