Os benefícios da atividade física durante a infância

Crianças na aula de judô (Fotos: Portal Infonet)

Na era da tecnologia, a prática de uma atividade física é cada vez mais rara, principalmente na infância. Apesar de alguns pais terem o receio de qual a melhor atividade para determinada faixa etária, especialistas garantem que estimular uma atividade física cada vez mais cedo, auxilia no desenvolvimento da criança no futuro. Estimular a socialização e melhorar a coordenação motora são alguns dos benefícios que auxiliam a criança durante a prática esportiva.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Educação Física (Cref SE/BA), Gilson Dória, muitos são os benefícios proporcionados por uma atividade física. “Hoje a sociedade ocupou o tempo dessa criança com jogos eletrônicos e a criança necessita correr, gritar, saltar para que ela tire a ansiedade e o estresse e o esporte possibilita isso. Nessa faixa etária [atè cinco anos] a gente tem uma variedade de esportes que a criança pode optar. O importante é que os pais deixem que elas conheçam o esporte e escolha e os pais não imponha. Os benefícios vêm desde a melhor qualidade de vida da criança, equilibrio até o bem-estar", diz.

Cuidados

Gilson Doria destaca os benefícios da atividade física 

Para se ter uma atividade adequada, é preciso que os pais tomem alguns cuidados. “É fundamental ser feito com um profissional devidamente habilitado. Os pais têm como verificar isso, pois se trata da saúde do seu filho. Hoje temos o Conselho Regional de Educação Física onde esse profissional deve ter esse registro que é a garantia que o profissional passou por uma formação. Se a prática for em uma academia, o pai deve verificar se ela está dentro das normas legais, da vigilância e Corpo de Bombeiros porque ali ele está deixando uma vida preciosa que é o filho dele”, diz Gilson.

Como escolher a prática?

“Antes de levar a criança a conhecer o esporte, ela deve passar por uma avaliação médica para saber a condição física e de saúde dela. É comum o médico orientar a natação para criança que tem problema pulmonar, pois ela corrigi. E tem também o futebol que proporciona coordenação motora e equilíbrio. Apesar das possibilidades, é bom que ele escolha, porque além do objetivo da criança fazer atividade física e da qualidade de vida é que ele leve a atividade para toda sua vida”, orienta Gilson.

Judô X saúde

Maria Rita (rosa) e Isabela Gomes (azul)

A sede do Iate Clube de Aracaju abriga a escola de judô da equipe DAB que tem a frente os professores Denisson Azevedo, Adrieder Rodrigo Lima e Bruno Nascimento. O professor Denisson Azevedo defende a prática do judô como benefício à saúde da criança. “No Judô é trabalhado a sociabilização, desenvolvimento motor, social e intelectual, controle emocional, inclusive é recomendado para as crianças que tem hiperatividade, ou seja, é uma atividade completa e muito prazerosa”, garante.

O professor Adrieder Rodrigo Lima trabalha com criança até os três anos de idade. “Com essa faixa etária até três anos a gente tem como prioridade autonomia de movimento, equilíbrio e de segurança. A gente sabe que criança nessa faixa tem facilidade de desequilibrar porque a cabeça concentra uma grande parte do peso do corpo e por isso eu trabalho muito o equilíbrio. A prioridade deles é aprender a cair. A nossa prioridade é para aquele que tem dificuldade e fazer com que ele desperte para a atividade”, conta.

Roseane Porto com os filhos Leonardo (à esq) e Davi (à dir)

Para o professor Bruno Nascimento: “Trabalhar com criança é o que mais agrada porque você percebe a troca de gratidão. Cada criança tem seu tempo de aprendizado. Tem os que já vêm mais ativo, pega mais rápido, outros não, mas o importante no judô é trabalhar o coletivo e fazer com que ambos se superem”, diz.

Incentivo

Os irmãos Leonardo Porto, 10 anos, e Davi Porto, 6, entraram no esporte pelo incentivo da mãe Roseane Porto. “Procurei saber a faixa etária e decidi colocar os meninos. Como gosto de estimular o esporte na vida deles, o judô trouxe mais disciplina. Vale a pena porque tem imensas vantagens como o respeito aos colegas e a não ser agressivo”, afirma.

As jovens Isabela Gomes, 8 anos (faixa azul) e Maria Rita Queiroz, 9 anos (faixa rosa) são adeptas do esporte e garantem que vale a pena. “O pai dela [Maria] é professor na escola que eu estudo e eu queria experimentar, vim e gostei”, diz Isabela. “Os meninos acham interessante, outros dizem que menina não faz judô e eu digo que faz”, esclarece Maria Rita.

Por Aisla Vasconcelos

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