Primeiro dia na Fonte Nova: Olimpíada não é Copa

Sala de imprensa: todos no Pelourinho? (Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet)

As Olimpíadas de 2016 começaram no Rio de Janeiro. E em São Paulo. Começarão em Manaus e em Belo Horizonte. E chegarão a Salvador nesta quinta, 4. A esta altura, ainda há gente que não sabe que muitas das partidas de futebol olímpico masculino e feminino serão realizadas nas arenas e elefantes brancos da Copa do Mundo de 2014. Só a Arena Fonte Nova, que recebeu cinco jogos no mundial, será palco desta vez de dez partidas – o dobro. 

Mas nada lembra o clima afoito de 2014. Graças à própria natureza das Olimpíadas, que reúne dezenas de modalidades, não é possível reproduzir em nenhum esporte a visibilidade sufocante de uma única partida de Copa do Mundo. Mesmo muito menor que as da época da Copa, a sala de imprensa estava praticamente vazia em um dia de véspera de jogos. Dezenas de tribunas de imprensa foram retiradas – muito provavelmente pelo cálculo de demanda baixa. A movimentação no credenciamento foi pequena. E do lado de fora, meia dúzia de caminhões e os retoques de última hora de sempre – sem muito alarde. Nada disso tem a ver com organização. É suficiente dizer que torneio olímpico de futebol não é Copa do Mundo.

México faz pose: hora de defender o título

Pés no chão
Enquanto a bola não rola, os times tiraram o dia para dar satisfação aos jornalistas em coletivas no começo da tarde. E no fim de tudo, a seleção do México, campeã olímpica, surgiu no campo para reconhecimento do gramado. Entre selfies, paus de selfie, fotos de formação, de comissão técnica, em dupla, em trio, e, de novo, com poucos jornalistas por perto, os algozes do Brasil em Londres tentaram literalmente colocar os pés no chão. Agora, o ouro olímpico no futebol deixa de ser uma realidade para eles – e vira sonho de todos.

Por Igor Matheus
De Salvador