Futebol feminino: Alemanha festeja, Brasil decepciona

Alemanha: primeiro ouro (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Acabou o futebol feminino olímpico – e com uma trama bem conhecida. No mesmo dia em que a Alemanha festeja, o Brasil chora. Na decisão feminina, as alemãs bateram as suecas por 2 a 1 e conquistaram sua primeira medalha de ouro após três bronzes. Já na decisão de 3º e 4º lugares, o Brasil ficou devendo mais uma vez: após perder para o Canadá por 2 a 1, o time de Marta encerrou as Olimpíadas sem medalhas.

As alemãs cresceram na competição no momento certo. Começaram arrasadoras diante do Zimbábue – 6 a 1 -, fizeram empate duro com a Austrália – 2 a 2 -, caíram diante das canadenses – 2 a 1. Na segunda fase, venceram a China por 1 a 0 – quando poderiam ter feito mais uns cinco -, se vingaram do Canadá nas semifinais – 2 a 0 – e bateram as suecas com autoridade na decisão. Com 14 gols feitos e seis tomados, o time fez por merecer – e a goleira alemã e agora campeã Almuth Schult, que conversou com o Portal Infonet na partida contra a China, já anunciava a confiança do time.

O Brasil também fez por merecer. Começou bem contra a China – 3 a 0 -, arrasou as suecas em partida que as transformou na grande esperança de medalha do futebol – 5 a 1 –; e já classificadas, começaram o jejum de gols contra a África do Sul – 0 a 0.

Marta: seleção previsível (Foto: Ricardo Stuckert/ CBF)

Na fase seguinte, o Brasil ficou no 0 a 0 com a Austrália e só garantiu a classificação nos pênaltis após atuação heroica da goleira Bárbara. E contra a Suécia nas semifinais, após várias oportunidades desperdiçadas, as brasileiras permitiram que o jogo fosse para os pênaltis novamente – e desta vez, o saldo foi derrota. Ainda abalada pela eliminação após estar sob o pedestal de única esperança, a seleção de Marta e Cristiane não rendeu de novo e caiu diante das canadenses: 2 a 1.

O pretexto da falta de apoio ao futebol feminino para explicar a derrota brasileira não pode ser levado a sério: com jogadoras experientes e consagradas em raríssimas ligas femininas profissionais, a seleção brasileira não representa a regra do futebol feminino brasileiro, mas justamente sua exceção – e por isso trata-se de uma seleção. O time perdeu porque foi previsível, mal arrumado e nervoso. Não soube administrar nem as expectativas, nem a bola e nem a marcação em cima de Marta, jogadora que todos já decoraram como atua há muitos anos. E caiu merecidamente.

Por Igor Matheus 

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