Jiu-jitsu: faixa-azul luta para ir a Campeonato Europeu

Chicão Sales: em busca de apoio para o Europeu (Foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Ele tem apenas três anos de jiu-jitsu, é faixa-azul e assim como todos os amantes da Arte Suave no mundo, é repleto de objetivos. Mas aos 30 anos, Francisco Sales dos Santos Jr., o Chicão Sales da equipe Nova União, tem dois diferenciais. O primeiro é ter vivido um 2016 perfeito nos tatames. O segundo é pensar realmente grande: diante dos bons resultados, ele quer ir ao Campeonato Europeu que será realizado em Portugal em janeiro de 2017.

Só este ano, Chicão foi campeão de três etapas estaduais em sua categoria, campeão de outras duas etapas estaduais na categoria e no absoluto, campeão baiano e alagoano – esta também na categoria e no absoluto. De acordo com Sales, esta pode ser sua primeira experiência em competições internacionais – e suporte técnico não irá faltar. “Estou indo bem aqui dentro do estado, ganhei títulos fora também e quero ir ao Europeu. Lá eu teria o suporte de meus mestres Ivan Lima, Manu Alves e Claudio Rocha, que ajustariam meu jogo antes da competição”.

No pódio: lutador venceu diversas competições em três estados só em 2016

Em busca de patrocínio para custear pelo menos as passagens para o torneio, Chicão conta que descobriu o jiu-jitsu como uma forma de perder peso: desde que passou a frequentar os tatames, o lutador conta que perdeu 35 quilos. Mas um outro fato foi determinante para que ele abraçasse de vez a Arte Suave. “Quando um amigo meu ganhou uma medalha numa competição, pensei comigo mesmo: se ele pode, eu também posso”.

Focado nos treinos, Chicão conta que nem tudo foram flores em sua entrega à arte marcial. “Ano passado me lesionei muito. Cheguei a quebrar quatro dedos, dois na mão e dois no pé. E meu corpo ainda estava se adaptando à perda de tanto peso”. Por outro lado, o lutador também passou a sentir todos os outros benefícios. “Consigo controlar mais meu jeito de ser. Sou menos explosivo, fiquei com o raciocínio mais rápido, passei a lidar melhor com as pessoas. Além disso, aprendi que quem luta não briga. Extravaso tudo no tatame com meus amigos”.

Por Igor Matheus