O corpo de Jurinha Lobão foi velado durante todo o dia de ontem no Velatório Osaf de onde seguiu em cortejo para o cemitério Colina da Saudade. O carro fúnebre foi escoltado por motoqueiros, amigos que cultivavam a mesma paixão do atleta: o motociclismo. Era muito experiente, tinha mais de 38 cursos de pilotagem feitos no Brasil e no exterior. No sepultamento, muita emoção. Parentes, amigos, ex-alunos e alunos do tenista se despediram de Jurinha. O ronco das motos substituiu as palavras. Assim, o tenista foi sepultado no fim da tarde de ontem. Apesar da paixão pelas motos, foi o tênis que lhe deu projeção. Nas quadras do país e do exterior, Jurinha levou mais longe o nome de Sergipe. Ele foi o primeiro no Brasil e na América na categoria máster e foi o décimo no ranking mundial. A última competição que participou foi em Curitiba, aonde chegou as quartas de finais. Aqui, no Estado, foi generoso. Dividiu os segredos do esporte, formando tenistas de várias gerações. É o caso de Hertz Rafael: “Acho que Jurinha viu minha primeira aula. A ficha ainda não caiu. Não dá para acreditar que ele morreu”, lamenta o ex-aluno. Jurinha Lobão morreu em acidente na estrada estadual que liga Santa Luzia e Indiaroba. Ele perdeu o controle da moto ao desviar de um outro veículo e acabou batendo numa base de concreto de uma ponte. A mulher dele, Carla Daniela que também estava na moto saiu ferida. Ela deixou ontem à tarde, mas não teve condições e acompanhar o enterro. Resta ao esporte sergipano o orgulho de ter a marca de um atleta tão dedicado. “Jurinha sempre vai servir de exemplo aos atletas do futuro. Ficam as suas lições, a referência de bom homem e bom atleta”, declara emocionado o presidente da Federação Sergipana de Tênis, Edmilson Barreto.
Comentários