Dança de salão: exercício para corpo e alma

Dança de salão vem sendo bastante difundida em academias e escolas  
Para quem não é fã de exercícios físicos tradicionais como as caminhadas e a musculação, a dança de salão tem sido uma alternativa que ganha cada vez mais adeptos. Nas academias ou escolas de dança espalhadas pela capital sergipana o público que procura as aulas é formado por pessoas de todas as idades, afinal esta é uma atividade física que não tem contra-indicações.

Os benefícios são muitos e sentidos logo nas primeiras aulas. Lígia Ferreira conta que começou a fazer dança de salão por recomendação médica e há poucos meses praticando já sente os benefícios. “Estava com perda de massa muscular e sentia muitas dores, quando acordava mal podia sair da cama. Desde que comecei a dançar, as dores já pararam e agora faço de tudo”, conta a senhora de 65 anos.

Lígia (direita) ao lado da professora: dança para vençer as dores
Estimular a coordenação motora e a circulação sanguínea são alguns dos benefícios da dança de salão. Além disso, é um exercício bom para os ossos e para o cérebro. As partes do corpo mais exigidas na dança são: o pé, tornozelo, joelho e coluna. “A dança é uma atividade física, mas acima de tudo é uma diversão. Tem que ser feita por prazer”, afirma o professor de dança Gladston Santos.

Prazer

“Uns preferem academia, mas eu prefiro dançar”, afirma a professora Dalva Cristina, que depois que sai da aula de dança de salão segue direto para a sala de aula. “É mais gostoso do que eu imaginava e basta isso para

Américo (no centro) dança há mais de dois anos, sem preconceitos
me dar disposição”, declara. A colega de turma Marieta Oliveira, 58 anos, recomenda a dança de salão para todas as pessoas independente da idade. “É uma atividade que mexe com o corpo todo”. 

Assim como Lígia, Iraildes Menezes, também começou a freqüentar as aulas de dança de salão por recomendação médica. No caso dela foi para conter a ansiedade, mas os benefícios foram além. “Hoje já não sou mais ansiosa e minha postura está bem melhor. Antes não conseguia topar as mãos no chão e voltar à postura correta sem sentir dor”, declara a jovem de 59 anos.

Homem na dança

Gladston e uma de suas assistentes, Adália, em um dos ritmos preferidos dos alunos: o forró  
Em algumas aulas a predominância é de mulheres, o que de certa forma prejudica um pouco o aprendizado da aluna, já que na dança de salão o papel do homem e da mulher são bem distintos. Gladston explica que alguns homens ainda carregam um tabu com relação à dança.

Américo Vasconcelos é uma das exceções. Ele já faz dança de salão há dois anos e conta que foi ele quem incentivou a mulher a ir para as aulas. “Tive que insistir. Quando ela viu que eu vinha só, resolveu me acompanhar”, declara. Américo afirma que o único preconceito é com o rebolado presente no samba, ritmo que ele considera o mais difícil.

Exercício pra alma

“Primeiro a dança depois o futebol”, declara Américo que pratica a dança de salão como terapia. Mas o exercício o ajudou a se soltar mais. “Quando saia à noite só ia para o salão quando já

Iraildes encontrou na dança a felicidade
estava cheio, agora não!”. Estimular a sociabilização também é um dos benefícios da dança de salão.

“Depois que passam a freqüentar as aulas de dançar as pessoas fazem novas amizades e passam a levar aquilo que aprendeu para outros lugares. Tem muita gente que deixa de sair na noite por não saber dançar”, ressalta o professor.

Iraildes que o diga. Na flor dos seus 59 anos ela diz que se sente “uma menina”. “Agora só está faltando arrumar um namorado. Mas ele tem que saber dançar, senão não dá certo!”.

Por Carla Sousa

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